DestaquesMaranhãoMeio Ambiente

Região Sul do Maranhão registra número elevado de focos de incêndio neste final de agosto

Ausência de chuva, com baixa umidade no ar, intenso calor, vegetação seca, torna a região vulnerável a incêndios florestais.

Com a chegada do período mais seco do ano, o clima na região sul do Maranhão, ausência de chuva, com baixa umidade no ar, intenso calor, vegetação seca, torna a região vulnerável a incêndios florestais.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do dia 23 até as 8:00h da manhã do dia 28 de agosto, no Brasil o estado do Piauí lidera com maior número de queimadas e o Maranhão aparece em segundo lugar, segundo que os oito municípios com maior quantidade de focos estão todos na região Sul do Estado: Mirador, Riachão, Loreto, São Raimundo das Mangabeiras, São Felix de Balsas, Balsas, Alto Parnaíba e Benedito Leite.

Major Willys Pablo, comandante do 4º BBM

Segundo o Major Willys Pablo, comandante do 4º Batalhão de Bombeiros Militar (4º BBM-MA). Em 2018 as queimadas se iniciaram um pouco mais cedo. “Em junho já tivemos foco de grandes incêndios, acima da normalidade para o mês, devido às chuvas ter parado mais cedo. Em junho de 2017 foram atendidas 5 ocorrências e em junho de 2018 foram 28. Estamos trabalhando com campanhas de prevenção nas mídias, realização de palestras, como no povoado Santa Luzia que em 2017 foi vítima de grande incêndio florestal, inclusive atingindo o balneário. Dessa forma tentando conscientizar a população, porque a grande maioria dos incêndios são causadas pelo homem”

Queimadas na zona rural de Balsas (MA)

A maioria dos incêndios são causados por agentes humanos que utilizam da queimada para fazer limpeza em terrenos para o plantio. Caçadores que deixam restos de fogo na mata e ponta de cigarros acessa jogada na vegetação seca. Outra situação comum na zona urbana de Balsas é juntar galhos secos e até mesmo lixo doméstico e atear fogo, por não ter uma coleta regular em algumas áreas da cidade. Esse incêndio embora seja pequeno, causa muita fumaça, fuligem que incomoda os moradores.

Provocar queimadas ou incendiar as matas e florestas é crime ambiental definido no artigo 41 da lei de crimes ambientais que dá pena de reclusão de 2 anos a 4 anos, assim como causar incêndio expondo a vida, integridade física, patrimônio e meio ambiente.

“A orientação que não seja utilizado o fogo para limpeza de áreas e onde houver uma extrema necessidade de utilizar o fogo que sejam tomadas as medidas preventivas, com aceiros bem largos e o fogo deve posto em horários que o sol esteja frio: pela manhã até no máximo ás 10:00hs e a tarde apenas por volta das 17:00hs”, destacou Willys

Próximo a zona urbana de Balsas, uma grande área pegou fogo por 5 dias seguido. O Corpo de Bombeiros atuou na proteção a residências, chácaras e patrimônio, sendo que não houve registro grave envolvendo pessoas ou residências. “O incêndio foi longo, devastou a vegetação nativa, algumas pastagens, matou muitos animais silvestres”, disse o comandante.

Para fazer frente a estes desafios que tem historicamente o mês de setembro registrando o maior número de queimadas, o 4º BBM conta com efetivo bem treinado, equipamentos de alta tecnologia: dois caminhões tanque operantes com capacidade para 8 e 5 mil litros. Duas viaturas para combate a incêndio florestal, sendo uma caminhonete equipada com o kit pick-up que permite acessar áreas onde os caminhos não tem aceso e capacidade para 500 litros de água, equipado com mangueira de 30 metros que permite uma dinâmica de combate às chamas maior.

Soldado do Corpo de Bombeiro atuando no combate ao incêndio
Deixe seu comentário

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo