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Conflito agrário: após incêndio a casas, entidades se reúnem na zona rural de Balsas

Os representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Centro de Defesa da Vida e dos Diretos Humanos (CDVH), da Associação Camponesa do Maranhão e da Agência Estadual de Pesquisa e Extensão Rural (AGERP) reuniram-se com moradores da comunidade Bom Acerto, situada na zona rural da cidade de Balsa, no Sul do Maranhão, para discutir ações a fim de resolver um impasse que põe em risco a moradia de oito famílias que somam cerca de 40 pessoas.

Na ocasião, uma foto, registrada por um morador, identificou cinco homens em um veículo, sem placa. Eles seriam os suspeitos de atear fogo em 3 casas Bom Acerto, ocorrido no dia 23 de agosto. Assim que o incêndio se alastrou, moradores se deslocaram rapidamente para resgatar móveis e utensílios, para evitar danos.

Atuação da PM

Em entrevista ao Programa Alerta Balsas, da TV Capital, o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, Tenente Coronel, Carlos Rogério, disse que semanalmente a PM, faz diligências na área de conflito e que o titular da promotoria de conflitos agrários do Maranhão, uma vistoria no local, onde através das imagens produzidas via drone, mapeou a área e produziu um relatório. Que assim que recebeu a denúncia, uma equipe da Força Tática, foi a comunidade Bom Acerto e  pegou as imagens que mostram o veículo em que se encontravam os homens que atearam fogo nas casas  e identificam um advogado e um gerente de fazenda dentro do veículo. A PM lavrou um boletim de ocorrência com os nomes dos identificados nas imagens. A polícia militar irá continuar com as diligências no local e em caso de ataques os moradores devem ligar para a PM que imediatamente irá ao local.

Antecedentes do conflito

A origem do conflito é registrada em agosto de 2020, quando os trabalhadores rurais foram expulsos do local e viram suas casas e plantações destruídas por um trator. Desde então, as famílias têm lutado na Vara Agrária do Maranhão para manter o direito às suas propriedades. A última decisão judicial foi a favor dos moradores que retornaram a área, mas desde então eles contam que vem sofrendo várias ameaças por parte de um homem que se diz proprietário da terra.

Esta é a terceira vez que os moradores sofrem ameaças e ataques e por último foram três casas incendiadas

Após a reunião das entidades com a comunidade, ficou decidido que uma nova reunião será feita no dia 5 de setembro em Balsas, em busca de apoio aos moradores que travam uma luta judicial para terem garantia o direito de permanecerem na localidade onde boa parte deles vivem há mais de 50 anos.

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Através de imagens de celulares, a PM identificou um advogado e um gerente de fazenda, como parte do grupo de 5 pessoas que estavam no veículo que ateou fogo em 3 casas. #OMaranhaoSeInformaAqui

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