Cachaça branquinha de Passagem Franca ganha premiação na China
Depois de maturar tanto a cachaça quanto o sonho de levar para o mundo o sabor diferenciado do destilado produzido em Passagem Franca desde meados da década de 60, a família de José Rufino da Silva, o Seu Zito, comemora entusiasmada a notícia que recebeu nesta sexta-feira: a Cachaça Prata – a branquinha do Engenho Reserva do Zito, recebeu a medalha de ouro no Concours Mondial de Bruxellas 2019 – edição destilados, primeiro concurso que o alambique participou, depois de ter recebido o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Considerado o maior concurso de destilados do mundo, o evento – que acontece de maneira itinerante, foi realizado nesta edição na cidade chinesa de Lvliang, com sommeliers de todo o mundo. No total, participaram 59 países com 1.770 amostras de destilados – dentre cachaça, rum, uísque, vodca, conhaque, brandy, pisco, grappa, rakia e baijiu.
“Para nós, a medalha é um reconhecimento ao esforço e dedicação do meu avó e, também, à qualidade e o sabor da cachaça que é produzida no nosso estado”, destacou Hellen Mendonça Silva, neta do Seu Zito, que conta a emoção do patriarca da família quando recebeu a notícia. “Estamos em plena safra no engenho em Passagem Franca e ele estava fazendo rapadura quando soube da premiação. Foi uma alegria só!”, revelou.
Aos 90 anos, Seu Zito ainda tem disposição para o trabalho, porém entregou a administração do engenho aos filhos Daniel e Geraldo Silva que resolveram dinamizar a produção, melhorar e inovar os processos de gestão, trabalhar com tecnologia e expandir os negócios. Uma das ações mais importantes – e que consolidou a entrada dos produtos do alambique no mercado internacional, foi a liberação, em fevereiro deste ano, do seu registro junto ao MAPA.
“Esta foi realmente uma grande conquista e vai abrir ainda mais as possibilidades para expandirmos os negócios dentro e fora do país. O Mundial de Bruxelas foi o primeiro que participamos e que bom termos iniciado com o pé direito a nossa prospecção internacional!”, comemora Hellen, que é filha de Geraldo Silva e também está envolvida nos negócios da família.
Além da Cachaça Prata, a Reserva do Zito produz as Cachaças Envelhecidas em Barril de Carvalho e em Barril de Ipê. A produção anual do alambique que funciona em pleno Sertão Maranhense há mais de 50 anos é de 60 mil litros/anuais.
Alambiques do Sertão
Para o Sebrae Maranhão, que já capitaneou um projeto de produção de cachaça de alambique na região do Sertão Maranhense, por meio da sua unidade regional em Balsas, a medalha de ouro concedida à Reserva do Zito no Mundial de Bruxelas, é uma grande satisfação.
“Com o projeto Alambiques do Sertão repassamos orientação técnica e capacitação para centenas de produtores que puderam melhorar os processos de produção dos engenhos, principalmente referentes à gestão do seu pequeno negócio. Muitos desses alambiques cresceram, são reconhecidos hoje no Maranhão e no Brasil e, hoje, particularmente, estamos muito felizes ao ver que a Reserva do Zito chegou ao padrão mundial de qualidade, sendo premiada no principal concurso de referência em destilados”, destaca o diretor técnico do Sebrae no Maranhão, Mauro Borralho de Andrade.
“O projeto Alambiques do Sertão finalizou há vários anos, mas o Sebrae ainda continua atendendo alambiqueiros maranhenses – hoje com consultorias mais voltadas para inovação e tecnologia, mostrando que eles avançaram em seus processos de gestão e produção. Somos, ainda, um dos apoiadores do Projeto de Cachaça Artesanal e Tiquira do Maranhão (CARTIMA), acreditando firmemente nos empreendedores que apostam no mercado de destilados”, finaliza o executivo.
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A branquinha Cachaça Prata, do Engenho Reserva do Zito, ficou com a medalha de ouro no maior concurso de destilados do mundo que reuniu mais de 1.170 produtos de 59 países. #OMaranhaoSeInformaAqui