O Levantamento realizado pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) na base de estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em alusão à campanha “Setembro em Flor”, aponta que 800 mulheres maranhenses e 5.280 dos nove estados da região Nordeste vão ser acometidas esse ano por câncer de colo do útero, doença causada pela infecção pelo HPV e que pode ser prevenida com vacina disponível no SUS. Somando com os outros dois mais comuns tipos de câncer ginecológico – ovário e corpo do útero (endométrio) – são previstos 8.790 novos casos no ano
O câncer de colo do útero é o mais comum entre os tumores ginecológicos, tendo como causa as infecções pelo papilomavírus humano (HPV), em especial dos tipos 16 e 18, para os quais há vacina disponível, gratuitamente, no Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, seguem elevadas as taxas de incidência (número absoluto de novos casos) e prevalência (número de casos para cada 100 mil pessoas) entre as mulheres dos nove estados da região nordeste. A estimativa é que 5.280 nordestinas tenham recebido o diagnóstico de câncer de colo do útero até o final de 2024.
Há uma variabilidade entre os estados no Nordeste. A maior prevalência de câncer de colo uterino é observada no Maranhão, com 21,13 casos para cada 100 mil sergipanos, já a Paraíba apresenta a menor taxa com 10,50 casos a cada 100 mil habitantes. Na Bahia são esperados mais de 1.150 novos casos de câncer de colo de útero esse ano seguido de Ceará com 1.030 casos. O levantamento, que foi feito pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) na base de estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é um alerta alusivo à campanha Setembro em Flor, de conscientização sobre câncer ginecológico.
“A partir da análise dos dados epidemiológicos é possível identificar onde estão importantes gargalos e, com isso, direcionar melhor as políticas de saúde. Vemos, por exemplo, o quanto a alta prevalência no Maranhão requer atenção das autoridades, assim como o elevado número absoluto de casos no estado da Bahia e no Ceará também é preocupante”, ressalta a oncologista clínica Aknar Calabrich, da Comissão de Ética do Grupo EVA e titular da Clínica AMO, da Bahia.
Somando a incidência de câncer de colo do útero com os outros dois tipos mais comuns de cânceres ginecológicos (corpo do útero/endométrio e ovário), são esperados 8.790 novos casos em 2024 entre as nordestinas. Sergipe registra a maior prevalência de câncer de endométrio (6,29 casos para cada 100 mil), enquanto a maior prevalência de câncer de ovário é observada em Pernambuco (7,24). Lá são esperados 450 novos casos de câncer de ovário e 260 novos casos de câncer de endométrio esse ano, números que só ficam atrás da Bahia.
Em todo o país, o câncer ginecológico é um dos mais incidentes nas mulheres, sendo que os três órgãos do sistema reprodutor feminino mais acometidos por tumores malignos somam 32,1 mil novos casos anuais, representando 13,2% de todos os casos de câncer diagnosticados nas brasileiras. Do total de mulheres do país que recebem, anualmente, o diagnóstico de algum câncer ginecológico, a maioria apresenta tumores de colo do útero: são aproximadamente 17 mil novos casos previstos para 2024. Em seguida está o câncer de corpo do útero (endométrio) com 7.840 casos, seguido por câncer de ovário com 7.310 casos. O câncer de ovário é o tipo de tumor mais mortal entre os ginecológicos e frequentemente descoberto em estágio avançado. Outros dois tipos, câncer de vulva e vagina, também entram nesse grupo, mas para eles não há dados nacionais oficiais de novos casos por ano.
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Os dados são do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) na base de estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em alusão à campanha “Setembro em Flor”. #OMaranhaoSeInformaAqui
Fonte: Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológico (EVA) em levantamento feito na base de Estimativas para 2023-2025 do Instituto Nacional de Câncer (INCA)