O WhatsApp já começou a trabalhar nas mudanças exigidas pela União Europeia. O aplicativo terá uma parte dedicada a enviar e receber mensagens de usuários de outros serviços. A novidade apareceu neste domingo (10) em um beta para Android e se chama “third-party chats”, ou “conversas com terceiros”, em tradução livre. Ela fica separada da caixa de entrada padrão do WhatsApp.
Por enquanto, a nova seção não funciona e não tem nada ali. A ideia parece ser que as mensagens enviadas por outros apps — um Telegram ou um Signal da vida, por exemplo — fiquem nessa área.
A União Europeia definiu um prazo de seis meses para a interoperabilidade, então o recurso terá que estar pronto em março de 2024.
Segundo as novas regras do bloco, chamadas Digital Markets Act (DMA), seis empresas são definidas como “gatekeepers”, por dominarem setores essenciais da internet: Alphabet (dona do Google e do YouTube), Amazon, Apple, ByteDance (dona do TikTok), Meta e Microsoft.
Assim, o WhatsApp e o Messenger, ambos da Meta, vão precisar cumprir exigências de interoperabilidade.
Isso significa que eles precisarão enviar e receber mensagens de outros apps, mesmo que os usuários desses apps não tenham uma conta no WhatsApp ou no Messenger.
Quem usa o Telegram, o Signal ou o Snapchat, para citar alguns exemplos, poderá mandar uma mensagem para um amigo ou parente que não está em nenhuma dessas plataformas, apenas o WhatsApp.
A ideia é que os usuários não sejam obrigados a usar os aplicativos de uma empresa que domina o mercado, como a Meta, e facilitar a entrada de novos concorrentes.
Pode parecer simples, mas há alguns desafios técnicos envolvidos. O WhatsApp tem mais que apenas mensagens de texto: o app oferece envio de arquivos, ligações, mensagens de áudio e criptografia de ponta a ponta. Especialistas acreditam que a segurança do WhatsApp pode estar em risco.
Questões da Meta com Europa vão além do WhatsApp
Como as conversas com terceiros ainda estão em fase beta, teremos que esperar para ver como elas vão funcionar na prática. Outra dúvida é se isso será exclusivo dos usuários da União Europeia ou se a Meta vai liberar a interoperabilidade em outros países.
Atualmente, a empresa não disponibiliza o Threads, rede social do Instagram baseada em texto, na Europa. A Meta diz que há “complexidades no cumprimento de algumas leis”. O problema pode estar na reutilização da base de usuários do Instagram no Threads.
A companhia, aliás, estaria preparando também uma versão paga de Facebook e Instagram, sem anúncios. Esta seria uma forma de escapar do escrutínio da União Europeia, mostrando que os usuários têm opção para fugir do direcionamento de propagandas.
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Por exemplo, quem usa o Telegram, ou outro APP, mandará mensageens para outra pessoa que está no WhatsApp. Os usuários não seram obrigados a usar os aplicativos de uma empresa que domina o mercado, como a Meta, isso facilitará a entrada de novos concorrentes. #OMaranhaoSeInformaAqui
Com informações: TechCrunch