Com 91 casos de hanseníase notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, sendo que 86 são de novos casos, na grande maioria de pacientes indicados para tratamentos poliquimioterápico multibacilar (PQTMB), destes 13% composto de crianças menores de 15 anos. Balsas se coloca entre os cinco município prioritário do Maranhão, ao lado de: Açailândia, Caxias, São José de Ribamar e São Luís.
Segundo Liana Maria, enfermeira referência do programa de combate a hanseníase, a Secretaria Municipal de Saúde, promove ações preventivas, através da capacitação e profissionais da equipe Estratégia Saúde da Família. São ações nas Unidades Básicas de Saúde reforçadas no Janeiro Roxo com foco em investigar toda suspeita de hanseníase, através de exames clínicos de diagnóstico, verificando sintomas, choques e dor.
“O diagnóstico precoce é a mais eficaz ação de enfretamento a hanseníase, com início do tratamento logo no ato do diagnóstico, distribuição de medicação supervisionada e acompanhamento da equipe”, destacou Liana Maria.
De acordo com a organização mundial de saúde, o Brasil ocupa a segunda posição no mundo entre os países que registram novos casos da hanseníase. No Maranhão foram notificados 2.997 novos casos da doença. Em Balsas o maior número de casos em 2019 foi o bairro Trizidela que tem 21 casos diagnosticados.
Sobre a doença
A hanseníase é uma doença crônica, transmissível de pessoa para pessoa, podendo se dá até através da respiração. Doença de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas; áreas com diminuição dos pelos e do suor; dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; inchaço de mãos e pés, entre outros.
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O número de crianças menores de 15 anos é preocupante e o diagnóstico precoce da doença é a forma mais eficaz de enfrentamento. Qualquer sintoma, procure um posto de saúde imediatamente. #OMaranhaoSeInformaAqui