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Denúncias de violência contra a mulher batem recorde em 2018

"Não é necessariamente que a violência está aumentando, mas que a mulher está denunciando mais", aponta a delegada da mulher em São Luís, Wanda Moura.

A Delegacia da Mulher em São Luís recebeu, em 2018, 1870 denúncias de mulheres ameaçadas por companheiros ou alguém de convivência familiar. Ao todo, foram 1625 inquéritos instaurados, 3789 pedidos de medidas de proteção e 433 prisões. Só agressão física somou mais 1120 casos em toda a região metropolitana da capital.

“Não é necessariamente que a violência contra a mulher está aumentando, mas que a mulher está denunciando mais. A gente trabalha no sentido de combater a violência contra a mulher, mas também estimular as denúncias porque essa violência tende a ser invisível. A mulher, calada, não denuncia. Então, com as mulheres denunciando mais esse número tem crescido”, declarou a delegada da Mulher, Wanda Moura.

Diego Silva Andrade Nascimento, de 32 anos, foi preso por ter espancado a mulher com uma perna-manca. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Um dos casos ocorreu no Natal, quando Diego Silva Andrade Nascimento, de 32 anos, foi preso por ter espancado a mulher com uma perna-manca. A vítima tinha 48 anos e teve que ser internada no Hospital Socorrão II, em São Luís, para tratar os ferimentos.

O número de casos de estupro também aumentou. Foram 59 estupros em 2017 e 89 em 2018, um crescimento de 34% no número de casos a mais registrados na Delegacia da Mulher. Segundo a delegada Wanda Moura, chama a atenção o fato da maioria dos casos terem sido causados pelo marido.

“Não é porque ela é casada que ela tem que submeter ao ato sexual no momento em que o marido quer. Então elas têm denunciado também os estupros, muitas vezes em que o marido chega em casa bêbado, drogado, bate na mulher, ameaça e ainda a obriga a manter relação sexual com ele. Isso é estupro. Isso é crime”.

Já em relação aos casos de feminicídio, houve redução entre 2017 e 2018. De acordo com a polícia, em 2017 foram 51 mortes de mulheres por questões de gênero, enquanto no ano passado ocorreram 43 casos.

Dra. Letícia Gama, delegada especial da mulher em Balsas, saiu de licença e não retornou.

A Delegacia Regional vive a expectativa de ter uma nova delegada anunciada ainda nesse primeiro semestre. O cargo vem sendo ocupado interinamente pelo delegado regional Dr. Fagno Vieira, que acumula também a titularidade do 2º DP de Balsas.

Informações: G1 MA

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