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Provas apontam autoria de feminicídio contra garota de 16 anos; suspeito nega em depoimento

Imagens de câmeras de segurança e o reconhecimento de uma testemunha são fortes indícios contra o suspeito.

A Polícia Civil ouviu o depoimento de Napolião Amorim da Silva, principal suspeito da autoria de crime de feminicídio que vitimou a adolescente de 16 anos de idade, Thauane da Silva Pereira, desaparecida no dia 22 de setembro, cujo corpo foi encontrado dia 15 de outubro em avançado estado de putrefação nas margens do Rio Maravilha, em Balsas (MA).

Em seu segundo depoimento, Napolião negou novamente autoria do crime, apesar dos fortes indícios e provas que o colocam como principal suspeito. As investigações preliminares da polícia apontaram que ele tinha um relacionamento amoroso com a adolescente. No dia do crime, foi flagrado por câmeras de segurança conversando e posteriormente seguindo a vítima, tendo, inclusive, sido reconhecido por uma testemunha como a pessoa que estava em companhia da jovem à beira do Rio Maravilha, próximo ao local onde o corpo foi encontrado.

Conforme o laudo da necropsia, no corpo da vítima, Thauane da Silva Pereira, não foram encontrados fraturas ósseas, sinais traumáticos no crânio nem vestígio de projétil de arma de fogo. A causa da morte foram traumas (sofridos por pancadas) nas costas (cavidade pleural) do corpo da vítima.

Delegado Regional de Polícia Civil, Dr. Fagno Vieira (Foto: Emanuel Lemos)

Segundo o delegado regional de Balsas, Dr. Fagno Vieira, a testemunha, pessoa que encontrou os restos mortais, em depoimento, contou que costuma pescar no rio e que viu várias vezes a vítima no local acompanhada de um homem moreno, de corpo franzino, bem mais velho que ela em uma motocicleta. Na data exata do desparecimento, a testemunha viu o casal no rio quando atravessaram e subiram o barranco, entrando no matagal. Disse que continuou pescando e, algum tempo depois, ouviu um barulho, semelhante a alguém cortando mato. Minutos depois viu o homem sozinho saindo de moto do local.

No dia 15 de outubro, quando voltou ao local para pescar, sentiu um mau cheiro, subiu a ribanceira e, a cerca de 8 metros distantes da margem do rio, encontrou o corpo da jovem despido. Ao prestar depoimento, disse que seria capaz de reconhecer o homem que viu várias vezes em companhia da vítima. Ao ser chamado para fazer o reconhecimento, em que o suspeito estava no meio de quatro outros homens, a testemunha o indicou, sem titubear.

Apesar do estado de decomposição avançado, a vítima teve o corpo reconhecido pela família. Imagens de câmeras de segurança recolhidas pela polícia mostram o suspeito indo em direção a casa de Thauane. Alguns minutos depois ele aparece retornando. Logo em seguida é a jovem quem passa em frente a câmera, que, depois, mostra o suspeito saindo de moto na direção em que a jovem tinha ido.

A Polícia Civil quebrou o sigilo telefônico da vítima, vasculhou as últimas ligações e está ouvindo as pessoas com quem ela falou nos últimos dias antes do desaparecimento.

“As investigações continuam, estamos vendo todas as possibilidades, embora o suspeito permaneça negando a autoria do crime, mas os indícios são muito fortes, apontando que ele é o autor”, destacou Dr. Fagno Vieira.

Napolião Amorim da Silva teve prisão temporária com base na Lei 7.960/89. Com prazo de duração de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, enquanto se desenvolve o inquérito policial.

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