Encerrou-se, nesta quarta-feira (28), o VI Seminário Regional para construção do Documento Curricular do Território Maranhense que reuniu as Unidades Regionais de Educação (UREs) de Balsas e de São João dos Patos nos dias 27 e 28 de Novembro no Campus da Unibalsas.
Participaram do seminário: professores, representantes dos conselhos municipais de educação, secretários municipais e dirigentes regionais, coordenadores, redatores, especialistas, articuladores, UNDIME, SEDUC e especialistas da FGV.
O projeto tem como objetivo envolver os atores da educação em cada município, de modo a contribuir para a construção do documento curricular do território maranhense. Ao todo, serão realizados 8 Seminários de Consulta Pública, sendo 2 estaduais e 6 regionais.
Técnica pedagógica da URE Balsas, Ana Silva falou sobre os pontos abordados no Seminário da BNCC para as escolas da rede pública municipal e estadual. Ao criar um curriculum comum para a rede, o estado dá um direcionamento a partir da base para a construção do curriculum na Secretaria de Educação e nas escolas, no projeto político pedagógico para a educação infantil, fundamental maior e menor.
Segundo a analista de gestão da SEDUC Pamela Sabrina Saraiva, quanto mais o documento tiver a cara do estado, mais vai representar a população. “A macrorregião de Balsas tem grande importância relacionada a cultura, a economia e a outros fatores. Os atores envolvidos trouxeram suas contribuições para colocarmos no nosso curriculum, o que faz toda a diferença e garante a nossa ‘maranhensidade’. Aqui surgiram muitos aspectos regionais como a questão da soja, que interfere em vários âmbitos dentro dos componentes curriculares, em geografia, economia, história, matemática. Isso foi um dos fatores relevantes encontrados aqui e temos consciência de que a criança da educação infantil e do ensino fundamental precisa ter o conhecimento dentro do seu percurso escolar”, disse Pamela.
Cleomeia Santos rodrigues, coordenadora geral de educação de Fortaleza dos Nogueiras, relatou que “é a primeira vez que se vê um documento completo e com a participação dos atores locais da educação. Isto diferencia a BNCC, que está sendo construída por pessoas que, de fato, estão inseridss dentro da educação, que trabalham diretamente com os alunos. O curriculum está sendo elaborado de acordo com a realidade local de onde vai ser aplicado, o efeito que vai surtir na vida, no munícipio, no desenvolvimento das pessoas e da região”.
Especialista da Fundação Getúlio Vargas, responsável pela construção do texto introdutório do curriculum e pela ênfase na alfabetização nas séries iniciais do ensino fundamental, a professora Itacira Mouzinho lembrou que, antes, havia um ciclo de 3 anos para o aluno ser alfabetizado. “A base traz uma proposta de 2 anos, o que pode acarretar uma piora ainda maior do IDEB, visto que diminuiu-se o tempo. Portanto, o enfoque nesses dois anos tem que ser alfabetizador. Outro fator importante é o papel da educação infantil, que vai trabalhar o desenvolvimento motor, emocional para que a criança chegue ao 1º ano desenvolvida nos aspectos emocionais e físicos, sabendo que, bem alfabetizada, ela vai ter um desenvolvimento maior nas etapas seguintes. A educação se trabalha a longo prazo e a gente espera que, a partir da construção do curriculum que dará uma caracterização para todo o estado, haja avanço”, afirmou.
Para o coordenador de etapas dos anos finais do ensino fundamental, da equipe Pró BNCC, professor Santos os seminários foram muito produtivos, pois houve a integração dos profissionais de educação. “Em 2019, todos os coordenadores e redatores estarão nos municípios do estado realizando formação dos professores. A participação dos secretários municipais de Educação, nesse processo, será um fator preponderante. Eles devem conhecer a fundo a base de ensino no seu município para implementar as ações em conjunto com todos os integrantes”.
“Para a URE Balsas foi muito bom sediar esse seminário. Aqui podemos ouvir o sujeito da educação, conhecer as riquezas que a região possui e dá uma grande contribuição. A base é uma normatização que traz luzes para o currículo. Estamos concluindo esse trabalho com o sentimento de alegria e a certeza de que nós o acolhemos e também colaboramos para que ele tenha cara do sul do Maranhão”, disse Luzimar Lima, gestora regional de educação.
Em 2019, haverá formação e capacitação de profissionais que atuarão em sala de aula para, em 2020, colocar em prática.
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