A Secretaria de Estado da Saúde informou que este ano foram registrados 9 óbitos causados por meningite no Maranhão, e 35 casos de vários tipos da respectiva doença. O órgão informa ainda que faz monitoramento diário e visitas técnicas às unidades de saúde em casa suspeitos junto aos municípios para encerramento de casos.
O acompanhamento é realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e ocorre o ano inteiro via Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Quando é notificado no Sinan um caso suspeito, a equipe técnica faz o monitoramento e acompanhamento até a finalização da situação.
Na capital, neste ano de 2023, os casos confirmados de meningites de pessoas residentes em São Luís, segundo a Vigilância Epidemiológica e Sanitária Municipal, são 15. Desses, 11 tiveram alta, 1 foi a óbito, 2 estão internados e 1 óbito foi registrado como por outra causa. Já os casos notificados, são 30.
No ano de 2022, em São Luís, ainda de acordo com a Vigilância, foram registrados 48 casos mas apenas três de meningite bacteriana; 17 virais; e uma de meningocócica com a ocorrência de 4 óbitos.
As unidades de atendimento em saúde na capital estão aptas a cuidar dos pacientes que contarem, assim como na prevenção oferecendo todas as vacinas necessárias que são oferecidas para as crianças à partir do segundo mês de vida.
“A meningite é a inflamação das membranas que revestem o Sistema Nervoso Central. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. Felizmente, as principais causas são virais, forma mais leve da doença, benigna e sem complicação”, explicou o médico infectologista Eudes Simões.
Bacteriana: altamente contagiosa e grave
Já a bacteriana é causada principalmente pelos meningococos, pneumococos ou hemófilos – é altamente contagiosa e grave, podendo causar infecção generalizada e em alguns casos levar a óbito ou deixar sequelas no cérebro. A mais grave delas é a meningite bacteriana, e dentre elas se destaca a meningite meningocócica, que pode causar sequelas e até mesmo levar a óbito em 24 horas, mesmo com tratamento médico adequado iniciado.
Estima-se a ocorrência de pelo menos 1,2 milhões de casos da doença por ano no mundo, com cerca de 135 mil óbitos.
Transmissão e sintomas
O infectologista Eudes Simões detalha que a principal forma de transmissão é por gotícula área e, portanto, a melhor forma de prevenção é a utilização de máscara pelas pessoas com suspeita e por seus acompanhantes.
Os sinais e sintomas iniciais— incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito — podem ser confundidos com outras doenças infecciosas, como a gripe. Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas violáceas (arroxeadas) na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. Se não for rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito.
Prevenção
A vacinação é a principal forma de prevenção contra a doença. É importante ressaltar que as vacinas meningocócica C e a vacina ACWY – contra a meningite bacteriana, forma mais grave da doença, estão disponíveis para crianças e adolescentes no Calendário Nacional de Vacinação e podem ser facilmente acessadas nos postos de saúde de forma gratuita.
Outras formas que podem ajudar na prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.
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Os sinais e sintomas iniciais— incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, podem ser confundidos com outras doenças infecciosas, como a gripe. #OMaranhaoSeInformaAqui
Fonte: O Imparcial