A tuberculose é uma das doenças infecciosas mais mortais do mundo. No Brasil, em 2021, foram registrados 68.271 casos novos de tuberculose no país, segundo o Ministério da Saúde.
Em 2020, foram registrados 68.939 casos novos e ocorreram 4.543 mortes pela doença. Em 2019, antes da pandemia, foram registrados 4.532 óbitos. Desde 2010, o número anual de óbitos por tuberculose no Brasil tem variado de 4.400 a 4.600, e o coeficiente de mortalidade, de 2,3 a 2,2 óbitos por 100 mil habitantes.
No Maranhão, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 3.046 casos de tuberculose em 2021 (um aumento de 16% em relação a 2020), e 156 óbitos decorrentes da doença. Somente na capital, foram 1.307 casos (Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net). Em 2020, foram 2.608 casos, e já em 2022, 67 casos foram registrados, sendo 22 deles na capital.
No Dia Mundial da Tuberculose marcado pelo dia 24 último, especialistas chamam a atenção para a doença, um problema de saúde pública que pode ser evitável e curável, e que atinge milhares de pessoas em todo o mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem atualmente 2 bilhões de pessoas – um terço da população mundial – infectadas pelo Mycobacterium tuberculosis e que não sabem que possuem a doença.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, causada por um agente chamado Mycobacterium tuberculosis e o contágio se dá de indivíduo para indivíduo. De acordo com o médico pneumologista do Sistema Hapvida, Walter Netto, os indivíduos portadores da tuberculose, em fase de contaminação, podem vir a lançar no ambiente gotículas contendo bacilos da tuberculose.
“Podem fazer isso por meio da tosse, por meio de espirros ou da fala e ao penetrar as barreiras respiratórias de outro indivíduo, o mycobacterium tuberculosis pode se instalar nos tecidos dos pulmões e desencadear a doença”, pontuou.
Segundo o médico, “a principal forma de prevenção é evitar o contato com pessoas portadoras da tuberculose, por isso, é preciso conhecer quais são esses indivíduos. Outra forma de prevenção é a vacinação com BCG nas crianças. Em razão disso, o diagnóstico precoce é fundamental”.
A BCG (Bacillus Calmette-Guérin) é disponível gratuitamente no SUS. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade e protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que toda pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose.
Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como: febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento, cansaço/fadiga.
“Aquelas pessoas que apresentarem tosse persistente por mais de 3 semanas devem procurar auxílio médico para investigação e análise diagnóstica”, alertou Walter Neto.
Investimentos para o fim da Tuberculose
A data comemora o dia em que Robert Koch anunciou que havia descoberto a bactéria causadora da tuberculose, em 1882, o que abriu caminho para o diagnóstico e a cura dessa enfermidade.
O tema do Dia Mundial da Tuberculose deste ano, “Invista no fim da TB. Salve vidas” – lembra a necessidade de investir recursos para intensificar o combate à doença e cumprir os compromissos assumidos pelos líderes mundiais.
Isso é especialmente crítico no contexto da pandemia de COVID-19, que colocou em risco o progresso da Estratégia “Fim da TB” e para garantir o acesso equitativo à prevenção e aos cuidados de acordo com o esforço da OMS para alcançar a cobertura universal de saúde.
O tratamento da tuberculose é feito com medicamentos e dura, no mínimo, seis meses. É gratuito e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser, preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO).
Além da construção do vínculo entre profissional de saúde e a pessoa com tuberculose, o TDO inclui a observação da ingestão dos medicamentos pelo paciente, sob a observação de um profissional de saúde ou outros profissionais capacitados.
De acordo com o governo do Estado, a Secretaria de Estado da Saúde possui um hospital de referência e realiza articulações intra e intersetoriais que possam fortalecer as ações de Controle da Tuberculose, monitora indicadores epidemiológicos e acompanha o cumprimento das metas estabelecidas, faz visitas aos municípios, controle logístico dos medicamentos da Tuberculose, promove capacitação e assessora a implantação do programa contra a doença.
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Em 2020, foram registrados 68.939 casos novos e ocorreram 4.543 mortes pela doença. O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou produtiva. #OMaranhaoSeInformaAqui
Fonte: O Imparcial