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Atleta maranhense de Balsas é uma das apostas da nova geração do vôlei brasileiro

De uma família humilde natural de Balsas, a 810 km de São Luís, desde pequeno Davy já dava claros sinais de que o esporte chamava sua atenção. Na rua, a brincadeira com o pé no chão era intensa, mas em casa a situação financeira não era das melhores e, assim como centenas de famílias do fim dos anos noventa, a ida para os grandes pólos profissionais parecia uma esperança de uma vida melhor.

“Minha família inteira é maranhense e acabamos nos mudando para Brasília em busca de novas oportunidades, porque nossa condição não era das melhores e venho de família humilde. Com essa ida para lá, comecei a praticar vôlei na escola com meus amigos e acabei me apaixonando pelo esporte”, explicou Davy Moraes, que, hoje, de pequeno não tem nada. Tem 22 anos e 1,97 de altura.

Se a estatura favorecia, o gosto pelo hobbie dava o gás para praticar. Mas foi no vôlei estudantil que os olhos de Davy se abriram para o esporte como profissão. O talento foi logo observado por uma escola particular de Brasília que ofereceu uma bolsa integral para ter Davy no próprio quadro de atletas. E foi representando esse colégio em competições estudantis que times profissionais começaram a notar o maranhense.

“Foi através dos campeonatos brasileiros estudantis que comecei a ser notado, comecei a ter mais contato com o profissional e foram surgindo oportunidades para a convocação da seleção de base. Eu passei apenas por dois clubes, primeiro disputei uma Superliga B profissional com o time da Universidade UPIS. Logo depois fui para o Minas Tênis Clube e já estou há 4 anos”, disse Davy, que joga como oposto e já disputou em campeonatos como Copa do Brasil, Libertadores e Campeonato Sul-Americano.

Como diz um famoso super-herói teioso: com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Para encarar os cerca de 70 jogos por temporada, Davy segue uma rotina regrada de treinos pela manhã e pela tarde. Esse foco levou o maranhense a ser convocado, em 2017, para jogar a Copa Pan-Americana Sub-21 de vôlei masculino.

“Muito grato por ter feito parte desse grupo incrível. Indescritível a sensação de representar nosso país sem contar o aprendizado que foi único”, publicou Davy em uma rede social.

Nesse caminho, o maranhense lembra que um dos momentos mais emocionantes foi ter a oportunidade de jogar com o Dante, antes de se aposentar das quadras. “Tenho foto com ele e tudo, já trabalhei de boleiro em um jogo dele e pra mim foi incrível. E ainda tive a oportunidade de jogar contra ele antes dele aposentar e foi uma sensação indescritível. Uma conquista enorme ver que estava jogando na mesma quadra que ele, foi algo que me inspirou bastante”, lembra.

Dante foi um dos principais nomes do vôlei brasileiro no século, o atleta fez parte da geração que faturou o ouro olímpico em Atenas, 2004, além das pratas em 2008 e 2012 e diversas conquistas mundiais com a seleção – foram sete Ligas Mundiais.

Sobre ser uma das apostas da próxima geração do vôlei brasileiro, o oposto do Minas Tênis Clube espera que mais maranhenses tenham a oportunidade de brilhar no esporte. “Meu sonho é inspirar pessoas. Mostrar que é possível sim, com muito esforço e dedicação, você conseguir conquistar tudo aquilo que você almejou pra você desde pequeno. E tenho muito orgulho em dizer que o Maranhão está sendo muito bem representado na Superliga e que futuramente a gente consiga trazer mais talentos para dentro de quadra no profissional”, diz.

O Maranhão se informa aqui

Jovens evangélicos de Balsas celebram o 4º Congresso Santifica no período de carnaval

Davy Moraes, 22 anos e 1,97 de altura, atua há 4 anos na posição de oposto do Minas Tênis Clube e seleção brasileira .#OMaranhaoSeInformaAqui
Fonte: G1/MA

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