Aprosoja/MA participa de debate sobre segurança no campo e demarcação de terras indígenas
O presidente da Aprosoja/MA, José Carlos Oliveira de Paula, participou de uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deputados e senadores membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) nesta terça-feira (18) para debater uma pauta prioritária do colegiado, com temas como segurança no campo e demarcação de terras indígenas, entre outros.
O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente, destacou que a discussão sobre o porte de armas no campo é fundamental porque a violência rural tem crescido assustadoramente. “O dono da propriedade rural tem que ter direito a posse, porte e transporte porque está num lugar isolado e o Estado não é capaz de garantir a segurança dele. Não é justo que ele não tenha acesso a arma, sendo que o bandido tem”.
De acordo com Moreira, é preciso ser extremamente rígido com a regulamentação disciplinar do uso das armas. “Utilizá-la mal vai significar não ter mais o direito a usar arma na vida”, opinou. Nesse sentido, o presidente da FPA disse que a derrota no Senado, do decreto de armas tem o significado de prejudicar a sociedade que quer ter o direto de se defender”.
Sobre a demarcação de terras indígenas o presidente da FPA disse que a bancada solicita a edição de um decreto que mantenha a demarcação no Ministério da Agricultura, pois quem tem conhecimento da questão fundiária, de ocupação de solo no Brasil, é o Incra que é o especialista no tema.
O Vice-presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR) também defendeu o porte rural de armas. “O setor agropecuário é um dos que mais sofre com a violência no Brasil. Na semana passada, um produtor de Mato Grosso teve seus defensivos agrícolas roubados, num prejuízo de 10 milhões de reais”. Para ele, aprovar a pauta anticrime proposta pelo ministro Sérgio Moro, aumentando o peso da pena em certos crimes, é um dos caminhos para inibir novos roubos. “Receptação, por exemplo, tinha pena branda. Isso tem que mudar”, disse.
Em resposta às solicitações da FPA, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que não vê nenhuma objeção à demarcação de terras indígenas ser tocada pelo Ministério da Agricultura. “Não sou especialista em questões indígenas, mas minha avaliação é no sentido de encontrar maneiras de desenvolvimento para essas populações para que saiam do estado de pobreza em que se encontram”.
Para Moro, essa é a grande missão da FUNAI, que passa agora a estar dentro do escopo do Ministério da Justiça. “É importante respeitar as tradições, mas o Estado tem que levar oportunidades de desenvolvimento para essas populações”.
A questão da segurança no campo, para o ministro, é outro desafio. “É difícil colocar a polícia de maneira ostensiva no ambiente rural. A melhor solução me parece ser a atividade investigatória. Quem realiza esse tipo de roubo é grupo organizado que precisa ter receptador para vender as mercadorias, precisa conhecer o negócio. O governo tem o dever de adotar políticas públicas que protejam o setor e promovam o incremento da produtividade no campo”.
José Carlos Oliveira de Paula, pontuou que o setor agropecuário é o motor da economia brasileira, seu carro-chefe e a Aprosoja/MA representa a força do agronegócio no estado que tem posição geográfica estratégica para exportação da produção do setor via Porto do Itaqui.
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Com informações da Agencia FPA
A Frente Parlamentar da Agropecuária, reivindicou o direito a posse de armas nas propriedades rurais na reunião que teve a participação do ministro Sérgio Moro. #OMaranhaoSeInformaAqui