Professores de língua inglesa discutiram a obrigatoriedade do ensino do idioma para alunos da rede pública nas séries iniciais do ensino fundamental. O debate, que vem acontecendo nos Seminários Regionais para construção do Documento Curricular do Território Maranhense, ganhou ênfase na VI etapa que reuniu as Unidades Regionais de Educação (UREs) de Balsas e de São João dos Patos nos dias 27 e 28 de Novembro no Campus da Unibalsas.
A professora Ana Cláudia de Sá Mascarenhas, redatora de língua inglesa, destacou que a BNCC colocou o inglês como uma disciplina obrigatória, pois se trata de uma língua universal. Atualmente, o número de falantes não nativos da língua é superior a quantidade de pessoas oriundas de países cujo idioma oficial é o inglês.
A importância da língua inglesa
“O inglês é uma língua tecnológica, que está na internet, em quase tudo que usamos hoje; é educacional, mas o Brasil está um pouco atrás no sentido da fala, visto que pouco é praticada a fala entre as pessoas que estudam o idioma”, acrescentou Ana Cláudia.
Segundo a redatora, no ensino público a situação piora, os alunos chegam ao ensino médio sem nenhuma base. “Agora estamos trabalhando eixos, como leitura, escrita, oralidade/escuta, que são os majoritários; temos também os eixos transversais, o transcultural e o linguístico, que são referentes à gramática”, continuou.
A partir de 2020, não será mais preciso que os professores trabalhem temática em sala de aula. Esperam-se que sejam trabalhados textos que estão na internet em diversidade: multiletramento, memes e outros. Os alunos estão expostos a isso. Conforme os professores, a maior dificuldade é a questão da obrigatoriedade que começa somente no 6º ano. “Queremos que os alunos das séries iniciais tenham conhecimento sobre vocabulário. Sugerimos que se tenha uma sala especial, para que, uma vez por semana, os alunos possam vivenciar a língua inglesa. Isso não acarretaria nada para os professores. Assim, o primeiro contato com o idioma, em todos os aspectos, facilitaria muito o aprendizado das crianças”, concluiu a professora Ana Cláudia.
Na URE de Balsas, dois municípios já estão aplicando a sugestão; na regional de São João dos Patos há um município.
