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Homem é linchado após assediar mulher em terminal de ônibus em São Luís

Vídeos registraram as agressões ao homem sofreu após importunado sexualmente uma mulher. Caso ocorreu nessa quarta-feira (14) no Terminal de Integração do bairro Cohab, na capital.

Um homem foi linchado por populares após ter sido acusado de assediar uma mulher no Terminal de Integração do bairro Cohab em São Luís, na noite dessa quarta-feira (14). Vídeos registraram o momento em que o homem recebe vários chutes e socos de várias pessoas que ficaram revoltadas com o caso.

Algumas pessoas aparecem logo em seguida e tentam conter a confusão, mas o homem volta a correr e é perseguido por uma multidão. Em outro vídeo, o homem aparece caído no chão do Terminal de Integração bastante machucado após ter sido agredido.

De acordo com a Polícia Militar, o batalhão do bairro Cohatrac atendeu a ocorrência e agora aguarda a vítima para fazer o boletim de ocorrência e em seguida, começar as investigações sobre o caso. Nem o homem e a vítima tiveram suas identidades reveladas.

O caso foi o assunto mais comentado nessa quinta-feira (15) por quem trabalha ou passa diariamente pelo terminal, um dos mais movimentados de São Luís. Mulheres que precisam utilizar o transporte público da capital, alegam que situações de desrespeito à mulher são comuns.

“Isso é até comum, só que geralmente a gente não dá tanta importância porque acha que é costumeiro. A gente culpa a roupa da mulher, a gente culpa o fato dela ser mulher, a gente culpa várias coisas mas não culpa o agressor”, diz Karen Hany Conceição, universitária.

Em setembro, essas situações de assédio viraram crime de importunação sexual, com pena que varia de um a cinco anos de reclusão. Desde que a lei ficou mais rígida, dez casos já foram registrados em São Luís.

“É necessário que haja a contenção daquela pessoa e as pessoas que estão na rua também podem contê-las, sem fazer qualquer tipo de exageiro. O que aconteceu ontem, inclusive não é permitido por lei, não é aceito. Foi uma atitude que não foi coerente conforme o que havia acontecido, fazer justiça com as próprias mãos. Mas é conter a pessoa e entregar para a polícia para que faça o procedimento correto”, explicou a Kasumi Tanaka, delegada da mulher.

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Fonte: G1/MA

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