Na manhã desta quarta-feira (07), docentes, técnicos e discentes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) – Campus Balsas iniciaram um dia de mobilização reivindicando condições dignas de trabalho aos servidores e de estudo as discentes, e resposta da administração superior da instituição e do ministério de Educação sobre a conclusão das obras do Campus Universitário na MA-140.
A concentração ocorreu em frente ao campus provisório da UFMA, na Rua José Leão, Centro, onde foi servido um café da manhã e, em seguida, organizada uma carreata até as obras do campus em construção. Os manifestantes gritaram palavras de ordem, como “Quero Respeito”, “Queremos nosso Campus!”.
Implantado em setembro de 2013, o campus vem funcionando provisoriamente na Escola Municipal Maria Justina Serrão, cujo prédio foi cedido pela prefeitura de Balsas. A construção do campus universitário iniciou em 2015, com prazo previsto para conclusão no mesmo ano, só que até agora não foi finalizada.
Professor de Engenharia Elétrica e membro da comissão organizadora da manifestação, Gustavo Araújo de Andrade destacou as principais reivindicações e que a luta é por um espaço permanente.
Campus provisório em uma estrutura de escola
“Estamos instalados de forma provisória em uma estrutura física de escola, diferente da que uma universidade requer. Não temos espaço para professores permanecerem no campus o dia todo para realizarem projetos de pesquisas. Precisamos de laboratórios de pesquisa avançada. Toda a falta dessa infraestrutura compromete a qualidade do ensino acadêmico”, avaliou.
Condições atuais da estrutura física do prédio
“Recentemente, ficamos semanas inteiras sem ter água para beber, sem água no encanamento. Agora, que começou a estação das chuvas e temos goteiras em todo o prédio, estão em risco vários equipamentos de laboratório que temos comprado; a maioria não está instalada e os que estão correm risco de queimar. Tudo isso apesar dos muitos avisos que já demos”.
Prejuízo para o campus e a sociedade
“Já temos muito dinheiro público investido. O valor superou a casa de R$ 11,4 milhões e nós continuamos sem ter o nosso campus. É o dinheiro do contribuinte que foi e não teve retorno. O prejuízo é imenso para a comunidade. O Campus Balsas era para receber 230 novos alunos por ano e nós recebemos apenas 80. E, para 2019, não temos como receber nenhum aluno”.
Exigências da comunidade universitária
“É um conjunto de fatores que nos levou ao limite. Estamos na fase de exigir que a Universidade aponte para nós uma solução para o prédio. O Campus Balsas é o mais distante da sede da universidade e, quando a UFMA se propôs vir para cá, já sabia das dificuldades. Estamos hoje reunidos com servidores, técnicos, professores e alunos lutando para que o compromisso que a universidade firmou com a cidade de Balsas seja cumprido. Atualmente, a UFMA/Balsas possui quatro cursos. O projeto inicial era apenas para funcionar Bacharelado Interdisciplinar, mas os cursos foram sendo instalados e chegou-se nessa situação”.
Situação atual das obras
“Ficaram paralisadas por uma bom tempo. Foram retomadas há alguns dias, só que prestes a começar a temporada de chuvas e isso sempre ocasiona em atraso e paralisação. Há uns dias, nos reunimos com o prefeito de campus, que deu o prazo de conclusão para março de 2019. Enquanto a reitora Nair Portela se comprometeu a vir falar conosco e estamos a aguardando. Por isso, estamos mobilizando para chamar a atenção da direção da universidade e também da comunidade”, finalizou.
