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4ª Expedição às Nascentes do Rio Balsas registra aumento da retirada de matas ciliares  

Ambientalistas cobram ações do poder público para preservação das nascentes do rio.

A 4ª Expedição Ecológica e Social às Nascentes do Rio Balsas, organizada pela ONG Instituto de Defesa Rio Balsas (IDERB) e realizada nos dias 8 e 9 de setembro, registrou aumento da retirada das matas ciliares na região das nascentes.

Cerca de 60 expedicionários e 20 veículos, com apoio da Polícia Militar, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, SAMU, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Câmara de Vereadores de Balsas, 8º Grupo Escoteiro Buriti, UFMA, Folha do Cerrado, participaram da 4ª Expedição às Nascentes do Rio Balsas, levando conhecimento a população ribeirinha carente do Povoado São Pedro e região do Alto Gerais de Balsas que ali se fizeram presentes.

Ação Social. (Foto: Miranda Neto)

Foram realizadas palestras pela UFMA (Prof. Claudiceia), Policia Militar (Cel. Medeiros), Policia Ambiental (Ten. Holanda), sobre segurança pública, queimadas, preservação do meio ambiente para adultos e crianças, que receberam cestas básicas, brinquedos, roupas, brindes, lanches, material esportivo, carteiras escolares e ventiladores para a escola do povoado.

Os expedicionários visitaram 6 das 8 nascentes, que formam o conjunto de nascentes principais do Rio Balsas, como Mangabeiras, Poço Branco, Brejinho do Orlando, Lagoa da Limpeza, Baixão da Taboca, nascente das Carobas, nascente do Gaspo e outras menores que compõem a região conhecida como Brejo da Limpeza.

“Cada ano que passa, a degradação aumenta na região das nascentes do Rio Balsas, não apenas o desmatamento, mas também a retirada da mata ciliar, que protege as nascentes. Algumas já estão secas e outras tiveram o volume reduzido”, destacou o empresário e ambientalista, presidente do IDERB, Miranda Neto.

Desmatamento próximo às nascentes do Rio Balsas. (Foto: Miranda Neto)

Sobre os resultados obtidos, disse que “dentre as ações sociais, que dependem da ONG, estão a conscientização ambiental através de palestras, instruindo as pessoas, ribeirinhos, estudantes, agricultores familiares. E os resultados são de excelência, mas, quando se refere às questões de proteção ambiental, de responsabilidade do poder público, não estamos avançando. Em todas as expedições, nós produzimos um documento com informações, fotos, protocolamos os órgãos públicos, denunciando as agressões e, até o presente momento, os resultados ainda não são visíveis. Faltam providências por parte do poder público. Gostaríamos de que os órgãos competentes chamassem as poucas pessoas que estão nas cabeceiras do rio, que são entorno de 20, que reunissem e determinassem que essas mesmas pessoas se responsabilizassem em proteger as nascentes. Essa proteção deveria ser feita com a cooperação de todos, porque, se as nascentes secarem, automaticamente, o rio seca também”, finalizou.

A expedição tem como objetivo conscientizar os agricultores, pecuaristas e ribeirinhos sobre a importância da preservação das nascentes do Rio Balsas e produzir relatórios que serão protocolados aos órgãos competentes e autoridades, tais como: SEMA, IBAMA, ICMBIO, Ministério Público, Ministério do Meio Ambiente, Assembleia Legislativa, Governos Estadual e Municipal, sobre as principais agressões às nascentes, como: desmatamento e queimadas da mata ciliar, criação de bovinos, suínos e equinos dentro da área de preservação e das próprias nascentes do Rio Balsas.

Atendimento a comunidade. (Foto: Miranda Neto).
Nascente. (Foto: Miranda Neto)
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