Fogo destrói palhada e agricultores cobram punição contra causadores de incêndios na região de Balsas
Cerca de 100 hectares de palhada em uma fazenda na Serra do Penitente foi destruída por incêndio.
Um incêndio criminoso registrado no final de agosto atingiu palhadas na Serra do Penitente, no polo produtor agrícola de Balsas (MA) e deixou um rastro de prejuízo para produtores rurais.
Segundo Jose Carlos de Paula, presidente da Aprosoja/MA. A fazenda Parnaíba, localizada na Serra do Penitente, teve mais de 100 hectares de palhada de milho incendiada por caçador que caçava emas. Um funcionário da fazenda que fazia ronda na propriedade avistou e quando tentou perseguí-lo, ele tocou fogo na palhada. O funcionário teve que voltar para buscar ajuda e caçador criminoso fugiu. Apesar de todos os esforços, o fogo passou para a vegetação e ainda não foi dominado.
Revoltado Jose Carlos que em 2017 perdeu 200 hectares de Eucaliptos prontos para a colheita por conta de um incêndio criminoso provocado por caçadores, disse que é necessário combater os caçadores clandestinos que colocam fogo na vegetação do cerrado e acabam passando para as plantações. O maranhão tem um alto índice de incêndios e a maioria dele é criminosa.
“A polícia precisa investigar e prender esses criminosos, que cometem vários delitos, como: as armas que usam são ilegais. Quando caçam estão invadindo propriedades alheias. Matam animais silvestres, o que é proibido por lei. Por onde passam, sujam, degradam o solo e provocam incêndios destruindo a vegetação nativa, as nascentes e margens, causando erosão e soterrando dos leitos dos rios e riachos são os maiores criminosos ambientais que existem. A polícia precisa, também, atuar no campo, na zona rural, para inibir essa práticas criminosas. Os proprietários pequenos ou grandes que colocam fogo e suas áreas também cometem crime ambiental”, destacou José Carlos.
O produtor rural está fazendo a parte dele para não poluir o meio ambiente, como: não descartar filtros de combustíveis, óleos, plásticos, embalagens de defensivos agrícolas que é entregue na cooperativa. “O que mais prejudica o meio ambiente não é o desmatamento que o agricultor realiza para produzir alimentos, pois quando ele tira a produção, mantém a palhada, faz o plantio novamente. Hoje os agricultores são os maiores cuidadores das águas, nascentes e rios. O que destrói o meio ambiente é o fogo causado por incêndios criminosos”, finalizou.
Para coibir a caça irregular e incêndios criminosos, agricultores mantém funcionários realizando rondas dia e noite, especialmente nos fins de semana na tentativa de impedir que caçadores possam provocar incêndios
Segundo o Corpo de Bombeiros, uma prática comum é caçadores deixar restos de fogo na mata e ponta de cigarros acessa jogada na vegetação seca. Provocar queimadas ou incendiar as matas e florestas é crime ambiental definido no artigo 41 da lei de crimes ambientais que dá pena de reclusão de 2 anos a 4 anos, assim como causar incêndio expondo a vida, integridade física, patrimônio e meio ambiente.