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Doença respiratória mata mais de 80 pessoas no Maranhão e demanda cuidados especiais com a saúde

Febre alta, tosse persistente e dificuldade para respirar. Esses foram alguns dos sintomas que assustaram a família Portela, moradora do bairro Cohatrac III, em São Luís, que enfrentou recentemente um surto de síndrome gripal. Os cinco membros da casa — os pais, Marina Pinho e Roberto Cais, os filhos Ana Clara, de 12 anos, e João Lucas, de 9, além do avô, seu Antônio, de 69 anos — adoeceram quase ao mesmo tempo. O caso do idoso foi o mais grave, exigindo internação hospitalar.

Com o aumento dos casos de síndromes respiratórias, como gripes e resfriados, no Maranhão, os cuidados com a alimentação e a hidratação tornam-se ainda mais relevantes. Em meio ao clima quente e úmido do estado, práticas simples como o consumo de chás naturais e alimentos regionais ricos em nutrientes podem contribuir para uma recuperação mais rápida e confortável.

“Foi muito assustador. Quando vimos que o vô começou a piorar e teve que ser levado pro hospital, bateu o desespero”, lembra Marina. A família buscou atendimento médico e, ao longo da recuperação, adotou cuidados com a alimentação para reforçar a imunidade de todos. “A gente começou a fazer mais chá de gengibre com limão, dar bastante água de coco para as crianças e preparar comidas mais leves, com legumes e frutas”, conta a mãe.

A nutricionista do Grupo Mateus, Laís Campos, reforça a importância de medidas como essa no processo de recuperação. “A alimentação desempenha um papel crucial no fortalecimento do sistema imunológico, especialmente em situações como gripes e resfriados, que envolvem o trato respiratório”, afirma. Ela destaca que alimentos ricos em vitaminas C, D e A, minerais como zinco e selênio, além de opções com ação antioxidante, como frutas regionais e chás naturais, são grandes aliados.

“Chás como os de gengibre, hortelã e alho têm propriedades que aliviam os sintomas e contribuem para a melhora. Já frutas como acerola, laranja e bacuri são ricas em vitamina C e fortalecem as defesas do organismo”, explica Laís.

DADOS

A preocupação da família Portela se reflete em dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo o boletim semanal InfoGripe, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza A têm atingido níveis de incidência de moderada a muito alta entre jovens, adultos e idosos. A análise mostra uma alta taxa de mortalidade entre idosos e crianças de até dois anos, com 72,5% dos óbitos nas últimas quatro semanas relacionados à influenza A.

No Maranhão, o avanço das síndromes gripais já provocou a notificação de 1.303 casos de SRAG em 2025, com 89 mortes. A pressão sobre o sistema de saúde motivou a Secretaria de Estado da Saúde (SES) a montar um Hospital de Campanha no estacionamento do Multicenter Sebrae, no bairro Cohafuma, para atender casos leves. A unidade contará com 20 poltronas para medicação e 10 leitos de observação.

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O avanço das síndromes gripais já provocou a notificação de 1.303 casos de SRAG em 2025, com 89 mortes, com alta taxa de mortalidade entre idosos e crianças de até dois anos. #OMaranhaoSeInformaAqui

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