Em constante aprimoramento da assistência oferecida, o Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizou pela primeira vez no estado do Maranhão uma embolização de osteoartrite de ombro. Trata-se de um procedimento inovador, minimamente invasivo, cujo principal benefício é o alívio da dor e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com lesões articulares. A intervenção foi realizada no Laboratório de Hemodinâmica durante o primeiro trimestre deste ano.
O procedimento teve duração aproximada de uma hora e meia e foi realizado em uma paciente do sexo feminino, de 55 anos. A equipe responsável foi composta pelos angiorradiologistas Carlos Frias Neto e Jairo Lago, com o apoio de anestesistas e profissionais de enfermagem do setor.
Carlos explica que, em pacientes com osteoartrite e outros tipos de lesões que provocam inflamação nas articulações, ocorre a formação excessiva de vasos sanguíneos. “Esses vasos surgem inicialmente como uma tentativa do organismo de curar a articulação lesionada, mas acabam agravando a inflamação e intensificando a dor”, esclarece.
“Na embolização, nós fechamos esse excesso de vasos, mantendo abertos apenas os normais. Por consequência, há uma redução da inflamação e da dor. O procedimento é semelhante a um cateterismo cardíaco, porém, nesse caso, o foco são os vasos que irrigam a articulação inflamada. Injetamos partículas microscópicas que bloqueiam seletivamente os vasos indesejados”, destaca o especialista.
Carlos acrescenta que essa técnica é especialmente indicada para pacientes com osteoartrite que não respondem bem a outros tratamentos, como anti-inflamatórios, fisioterapia, infiltrações e bloqueios de nervos. “É mais uma alternativa terapêutica oferecida pelo HU-UFMA, que também realiza outros procedimentos para o tratamento de problemas articulares, como infiltrações, bloqueios de nervos e cirurgias.”
Após o procedimento, a paciente permaneceu em observação por apenas três horas antes de receber alta. Carlos ressalta o impacto positivo na qualidade de vida. “Com a melhora da dor na articulação, ocorre melhora do ânimo e do humor do paciente. Além disso, ocorre melhora funcional, já que o paciente apresenta mais facilidade para movimentar o membro”.
A paciente relatou apenas leve desconforto ao final do procedimento e, após duas semanas, já apresentava uma melhora significativa da dor. “Avaliamos a dor por meio de uma escala de 0 a 10, onde 0 significa ausência de dor e 10 representa a pior dor já sentida. Essa paciente relatou que, após a embolização, a intensidade da dor caiu de 8 para 2”, pontua Carlos.
A busca por avanços é fundamental para garantir a melhoria do atendimento aos usuários do SUS, assim como oportuniza o aperfeiçoamento constante dos profissionais e estudantes. “O HU-UFMA é tradicionalmente o lugar onde melhorias e inovações são inicialmente aplicadas. Sempre teve um lugar de protagonismo em nosso estado. Manter esse perfil gera um estímulo contínuo de evolução para a equipe de saúde”, finaliza o especialista.
Sobre a Ebserh
O HU-UFMA faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao MEC, a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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Procedimento minimamente invasivo oferece alívio da dor e melhora da qualidade de vida de pacientes com lesões articulares. #OMaranhaoSeInformaAqui
