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Nesta terça-feira, 11 de janeiro, comemoramos o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, data que coloca em evidência a contribuição e o impacto das mulheres no ecossistema científico no país. A Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) tem se empenhado em fortalecer a presença feminina nesse cenário, possibilitando diversas oportunidades de incentivo, promovidas pelo Governo do Estado. São iniciativas de qualificação, mentorias, parceria com órgão da rede de apoio e o financiamento direto das pesquisas. Atualmente, 55% do público cadastrado no sistema da Fundação são mulheres – cerca de 33,2 mil. Nos últimos anos, a instituição destinou recursos que ultrapassam os R$ 65,6 milhões para financiar pesquisas desenvolvidas por mulheres. Isso mostra o empenho da Fundação para o avanço da presença feminina neste ecossistema, gerando um ambiente com mais igualdade e respeito.
O presidente da Fapema, Nordman Wall, destacou que a atuação da Fundação resulta em mais espaço à presença feminina na pesquisa científica, sendo observado avanço gradativo desta participação nas oportunidades da instituição. “A Fapema promove a ciência produzida no nosso estado, sempre respeitando a equidade de gênero e reconhecendo o trabalho das nossas pesquisadoras. O governador Carlos Brandão é um grande entusiasta e defensor dessa política de incentivo à mulher na ciência, para tornarmos este ambiente cada vez mais inclusivo”, enfatizou.
A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e tem como objetivo valorizar e incentivar as pesquisadoras no universo da ciência, inspirando as mais jovens para este ecossistema importante no desenvolvimento da sociedade. Neste sentido, a Fapema se coloca como protagonista na área da ciência e inovação, assegurando oportunidades e espaço para que as mulheres possam desenvolver suas ideias, tirá-las do papel e aplicá-las em benefício da sociedade. “O maior ganho deste suporte é a promoção da inserção feminina no cenário da pesquisa, incentivando esta participação, desde a iniciação científica”, observou o diretor científico da Fapema, Cristiano Capovilla.
Um exemplo de apoio da fundação a este avanço é o doutorado de Isabelle Prado, que realizou sua tese na área de Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Maranhão (Ufma). A pesquisa, intitulada ‘Análise espaço-temporal das internações com morte por câncer oral no Brasil e sua correlação com a expansão da assistência à saúde’, foi desenvolvida com o auxílio da Fapema. O estudo analisou taxas de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária à Saúde (ICSPA), com especial atenção às mulheres grávidas e crianças nos primeiros mil dias de vida. “É um trabalho relevante, por servir de norte para políticas na Atenção Primária à Saúde. A Fapema esteve presente nesta trajetória, contribuindo para a execução desse estudo e para minha formação”, afirmou.
Jovens cientistas
A Fapema também se destaca no apoio a jovens pesquisadoras, incentivando projetos de iniciação científica com impacto relevante para o estado. Um exemplo é a conquista de Sofia Cutrim, 18 anos, ganhadora do Prêmio Fapema 2024, na categoria Pesquisador Júnior, pelo seu projeto ‘Alternativas Sustentáveis para Criação de Arte com Resíduo Eletrônico como Fonte de Renda em Comunidade Maranhense’. O estudo alia inovação e sustentabilidade, abordando um problema crescente em muitas comunidades maranhenses, ao buscar alternativas para a reutilização de resíduos eletrônicos e, ao mesmo tempo, gerar uma fonte de renda para a população local.
A conquista é reflexo dos investimentos da instituição no incentivo à pesquisa científica, priorizando o protagonismo das jovens pesquisadoras, avaliou Sofia Cutrim. “Para mim, é uma honra ser parte destes esforços pelo avanço da ciência maranhense e mais ainda, pelo crescimento das mulheres nesse setor. O reconhecimento que obtive é fruto de muito esforço e dedicação e receber o prêmio, foi uma das maiores alegrias da minha caminhada. Agradeço e parabenizo à Fapema por valorizar a ciência e a inovação no estado e pelo reconhecimento do potencial feminino nesse ecossistema”, enfatizou.
Mulheres empreendedoras
Além de financiar e incentivar a realização de estudos científicos, a Fapema também apoia a execução de projetos transformadores, que garantem autonomia financeira e promovem o empreendedorismo feminino. “Essa estratégia contribui para criação de um ambiente propício à inserção das mulheres no ecossistema de inovação e dos negócios, ao oferecer recursos e possibilidades para o desenvolvimento de soluções criativas e empresariais”, assegurou a coordenadora de Inovação da Fapema, Isaura Modesto. Por meio dos editais Tecnova (I, II e II), Centelha (I e II) e Economia Criativa, foram apoiados 200 empreendimentos, destes, 82 comandados por mulheres, representando 41% do total de participações e abrindo oportunidades para estas empreendedoras alavancarem seus negócios.
Com apoio do Centelha, a empreendedora e fundadora e CEO da Apoena, Márcia Werle, desenvolveu uma máquina capaz de quebrar e descascar o coco babaçu, aproveitando o produto em sua totalidade. Com esta estratégia, a renda das famílias fornecedoras do coco babaçu cresceu em média 30%, com a venda do produto inteiro. “O apoio da Fapema foi um diferencial para avançarmos e acelerar em muitos pontos, tornando nossas ideias uma realidade. A instituição é uma parceira importante e incentivadora dos negócios inovadores do Maranhão, somando para que este cenário se desenvolva e coloque nosso estado no topo deste ecossistema”, ressaltou a empreendedora.
A química Anida Maria Gomes já contabiliza uma gama de produtos – da alimentação à beleza – com sua aposta na vinagreira roxa, item abundante no Maranhão. Com apoio do edital Centelha, ela avançou na criação da Biocosméticos, empresa de produtos de beleza; e na produção de uma alternativa à base da vinagreira roxa, para substituir a alga usada em sushis. “Esse apoio nos garantiu ampliar o empreendimento, pois, além do aporte financeiro, possibilitou inserção de mentores, promoção de workshops, aquisição de equipamentos e matérias-primas, custear os pedidos de patente e registro de marca. Enfim, sem esse apoio da Fapema, certamente teríamos muitas dificuldades para iniciar o negócio”, garantiu a empreendedora.
“Participar do edital ajudou a impulsionar o negócio, para além do fazer cerâmica. Conseguimos consultorias de marketing, vendas, de negócios, desenvolvimento de site. Portanto, foi uma oportunidade muito relevante para nós, que somos pequenos empreendedores, e vai nos ajudar a contribuir com a movimentação deste setor importante, que é a economia local”, frisou Camila Santos, da empresa Mishi Saike Cerâmica, apoiada pela Fapema, por meio do edital Economia Criativa, que tem parceria com o Sebrae.
Coordenadora do projeto Bumba Meu Boi da Floresta – Mestre Apolônio, com suporte da Fapema, Nadir Cruz encontrou outro viés para expandir a proposta além do fazer cultura e gerar conhecimento, com a geração de oportunidades de formação e de trabalho, tendo os jovens como foco. O recurso do edital Economia Criativa proporcionou a oferta de capacitações para confecção e bordado das indumentárias e itens utilizados nas apresentações. “Ampliamos nosso conhecimento, melhoramos nossos processos, passamos a entender mais de precificação, gestão e outros elementos, que contribuíram para melhorar nossas ações”, avaliou Nadir Cruz.
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Atualmente, 55% do público cadastrado no sistema da Fundação são mulheres – cerca de 33,2 mil. Nos últimos anos. Recursos superiores à R$ 65,6 milhões para financiar pesquisas desenvolvidas por mulheres. #OMaranhaoSeInformaAqui