Logo após o jantar, ainda com a barriga cheia, bate uma vontade avassaladora de comer aquela pizza. O desejo é incontrolável. Você vai até o telefone, pede a pizza, que chega bem rápido e é consumida na mesma velocidade. A satisfação vem, mas logo passa. Agora, o cenário muda, a satisfação dá espaço à culpa e logo se acende uma lâmpada com a ideia de compensar o “estrago”. Nessa hora, há quem recorra a comportamentos extremos, seja forçando o vômito, seja fazendo muito exercício físico, seja tomando remédios para resolver o “problema”. A situação faz parte da rotina de quem sofre com compulsão alimentar, um transtorno que atinge 2,5 % da população do planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A coordenadora do curso de nutrição do Centro Universitário Estácio, Monique Nogueira, explica que a doença é algo sério e possui características específicas. “A compulsão alimentar é um comportamento compulsivo e acontece quando a pessoa busca aquele alimento excessivamente. Ela já comeu, não está com fome, está saciada, mas permanece em busca do alimento e isso, geralmente, está relacionado a algum motivo específico”, afirma.
Ainda de acordo com Monique, a compulsão alimentar é um comportamento que costuma privilegiar a ingestão é de alimentos altamente calóricos, ricos em gorduras e carboidratos simples, o que pode causar problemas de saúde como diabetes, hipertensão, aumento do nível do colesterol, infertilidade, gastrite, aumento de peso e diminuir a capacidade respiratória, além de gerar outros transtornos psicológicos.
“O comportamento compulsivo tende a funcionar em um ciclo. O indivíduo tem um ato compulsivo, depois tem um ato compensatório e depois retorna ao ato compulsivo novamente. O ciclo se repete e, para sair dele, é necessário ajuda médica”, diz a nutricionista.
A coordenadora esclarece que o tratamento é feito com o médico psiquiatra junto a um profissional da área da nutrição. Durante o processo, o paciente necessita perceber o que é comer de forma consciente.
MINDFUL EATING
O mindful eating é uma técnica baseada em aproveitar ao máximo possível o momento das refeições. A ideia é se desconectar de tudo enquanto está comendo e permanecer com a atenção apenas no alimento, buscando se concentrar nos sabores, cheiros e cores da refeição.
“O termo mindful eating pontua justamente o que é comer consciente. É o momento em que a pessoa busca saber o porquê está comendo, se está comendo com forme, o que está comendo, se está feliz ou buscando alguma compensação. Mindful eating é uma estratégia para tratar o comportamento compulsivo”, finaliza.
CINCO SINAIS PARA IDENTIFICAR A COMPULSÃO ALIMENTAR
Segundo a especialista, entre os sinais de alerta que diferenciam um momento de fome e um de compulsão alimentar estão:
1. Comer muito mais rápido que o normal, sem razão aparente;
2. Comer quando não está com fome;
3. Continuar comendo mesmo quando já está saciado e mesmo após ter ingerido grandes quantidades de comida;
4. Comer escondido das outras pessoas;
5. Ficar introvertido, sentir-se culpado e triste após comer.
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A compulsão alimentar leva pessoas a forçar vômito, fazer muito exercício físico, tomar remédios e outros. A situação faz parte da rotina de quem sofre com o transtorno que atinge 2,5 % da população do planeta, segundo a OMS. Veja os sinais do problema. #OMaranhaoSeInformaAqui