Aged alerta que sementes chinesas que chegaram a região de Balsas colocam em risco a agricultura

A informação é de Eugênio Pires, chefe da Unidade Regional da Aged em Balsas em entrevista ao jornalista Diego Costa, TV Capital – canal 8, após divulgação dos resultados de análises de 36 amostras de pacotes de sementes realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás (LFDA-GO), referência em sanidade vegetal, que indicaram que parte das amostras contém a presença de mais de uma praga em seu conteúdo. No total, 47% das amostras já analisadas apresentaram risco fitossanitário ao país.

Conforme informações da Agência Senado, após avaliação de risco fitossanitário, realizada pela área técnica do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa, foi identificado que uma amostra continha a espécie Myosoton aquaticum, praga ausente no Brasil e com potencial para ser considerada quarentenária, ou seja, com risco de estabelecimento no país e de causar danos fitossanitários. 

Essa espécie apresenta resistência a herbicidas, o que torna seu controle difícil. A introdução dessa planta daninha no país pode ter impacto econômico negativo, avalia o Mapa. Em quatro amostras foram identificadas uma espécie quarentenária — a Descurainia sophia — considerada como planta daninha nos Estados Unidos e Canadá, além de planta invasora no México, no Japão, no Chile e na Austrália. Já a Myosoton aquaticum é considerada daninha nos campos de trigo da China.

Outras 15 amostras continham gêneros que têm espécies quarentenárias ou espécies com potencial quarentenário, como sementes de Cuscuta, Brassica, Chenopodium, Amaranthus e dos fungos Cladosporium, Alternaria, Fusarium e Bipolaris.

No polo agrícola de Balsas, várias famílias receberam via Correios as sementes não solicitadas. “Orientação do ministério é que as mesmas não podem ser descartadas no lixo comum e nem plantadas mas entregues nos escritórios da AGEd ou do Ministério da Agricultura para a destinação adequada”, destacou Eugênio Pires

Os pacotes, supostamente vindos da China, descreviam o conteúdo como joias, mas, na verdade, eram sementes, que já chegaram pelos Correios a oito estados brasileiros.

O Maranhão se informa aqui – Balsas notifica segundo caso de pacotes com ‘sementes misteriosas’ enviadas pelos Correios

Orientação é que as sementes não podem ser descartadas no lixo comum e nem plantadas mas entregues nos escritórios da AGEd ou do Ministério da Agricultura para a destinação adequada. #OMaranhaoSeInformaAqui