Das treze cidades que compõem a Regional de Polícia Civil de Balsas, em 9 delas não há a presença de nenhum policial civil. A regional, que tem a maior extensão territorial no estado, tem localização geográfica que faz limites com os estados do Tocantins e Piauí, o que possibilita a circulação e trânsito de criminosos que atuam nos mesmos.
Com a cidade de Balsas dona do 3º maior PIB do Maranhão, a região é expoente em produção agrícola. Nos últimos anos, houve um crescente aumento nos índices de criminalidade, principalmente no roubo de veículos, assaltos, furtos e tráfico de drogas, embora tenha caído muito o número de assaltos a banco e homicídios.
Em São Luís, nesta segunda feira, 03 de dezembro, na Cerimônia de Formatura do Curso de Formação Profissional da Polícia Civil do Maranhão, foram nomeados 435 novos agentes, sendo 123 delegados, 86 escrivães, 196 investigadores, 27 peritos criminais, 2 médicos legistas e 1 odontologista.
O curso de formação foi ministrado pela Academia de Polícia Civil do Maranhão (Acadepol-MA) e ocorreu com 448 horas-aula, divididas em até 28 disciplinas. Entre as matérias ministradas estão Gestão Policial, Técnicas de Operações Policiais, Inteligência Policial, Armamento e Tiro, Treinamento Físico, Investigação Criminal, Medicina Legal, entre outras de conhecimento jurídico.
O delegado regional, Dr. Fagno Vieira, disse crer que, com a formação e nomeação de novos agentes, a regional receberá reforços. “O ingresso dos novos policiais civis gera uma boa expectativa em todas as regionais do Maranhão. Sabemos que esse número não é suficiente para preencher as vagas, pois, até mesmo na capital do estado, a Polícia Civil tem sofrido com efetivo reduzido para atender toda a demanda que existe”, comentou.
Em toda a regional, apenas na cidade de Balsas a Polícia Civil dispõe de escrivão. Delegados e investigadores estão disponíveis em Balsas, Carolina, Riachão e São Raimundo das Mangabeiras. Todo o efetivo é formado por 5 delegados, 4 escrivães e 18 investigadores.
“A Polícia Militar tem feito um grande trabalho nas ações ostensivas, mas esse trabalho realizado por ela, quando chega na delegacia, não tem a mesma vazão, visto que não conseguimos dá o atendimento e continuidade às ações que se originam com a PM, com da Polícia Rodoviária Federal. E ainda temos as nossas próprias demandas, que são investigações que se iniciam através de portarias ou do registro de boletim de ocorrências por parte da sociedade. Portanto, a chegada dos novos policiais fará uma diferença fundamental na qualidade dos serviços prestados”, finalizou Dr. Fagno.
A expectativa da regional é que o efetivo, pelo ao menos, dobre o número com as nomeações dos novos agentes.
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