Africanos resgatados no Maranhão saem de alojamento provisório em São Luís
Os 25 africanos que foram resgatados por pescadores no Oceano Atlântico e trazidos para a costa do Maranhão saíram do abrigo dentro do Ginásio Costa Rodrigues. Parte deles ficarão no Maranhão, enquanto outros viajaram para outros estados.
A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) anunciou nesta sexta-feira (6) que esta encerrou as atividades no abrigo provisório do Ginásio Costa Rodriguespara os 25 africanos resgatados na costa maranhense em 19 de maio deste ano.
A justificativa da Sedihpop foi o recebimento do documento Provisório de Registro Nacional Migratório e a emissão de CPF e Carteira de Trabalho e Previdência Social dos africanos.
A partir de agora, até conseguirem emprego e moradia fixa, 19 refugiados que decidiram permanecer no Maranhão ficarão abrigados em uma casa disponibilizada pela Igreja Batista Nacional Vicente Fialho, no bairro Araçagi, em São Luís. Segundo a secretaria, a casa possui condições adequadas de qualidade e segurança para receber todos eles.
Um deles vai morar com um conterrâneo senegalês em São Luís, enquanto outros cinco refugiados já partiram para outros estados com despesas custeadas com recursos próprios e/ou ajuda de amigos e familiares residentes em São Paulo e no Paraná.
Africanos resgatados em alto mar
No dia 19 de maio um grupo de 25 imigrantes africanos foi resgatado em alto-mar por um grupo de pescadores cearenses próximo ao município de São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís. Na embarcação chamada “Rossana” estavam estrangeiros de Senegal, Nigéria, Guiné, Serra Leoa e Cabo Verde, além dos brasileiros Josenildo do Nascimento e Sílvio da Paixão.
Prisões
O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF-MA) denunciou na Justiça Federal o baiano Sílvio da Paixão Freitas e o potiguar Josenildo do Nascimento Teodoro. Eles foram apontados pela Polícia Federal como ‘coiotes’ no transporte ilegal dos africanos até o Brasil.
Na denúncia, eles foram apontados como responsáveis por conduzir a embarcação sem o cumprimento de qualquer regra ou registro de entrada no Brasil. Segundo o MPF, Silvio e Josenildo devem responder pelos crimes de promoção de migração ilegal; perigo para a vida de outrem e atentado à segurança do transporte marítimo majorada pela finalidade do lucro. Os denunciados devem ainda restituir R$ 87.500,00 que receberam dos estrangeiros.
Fonte: G1 Maranhão