Diário Sul Maranhense

Presidente lança Plano Nacional de Fertilizantes para reduzir importação dos insumos

Importação de fertilizantes (Foto ilustrativa)

O governo federal lançou hoje (11), o Plano Nacional de Fertilizantes – PNF, uma tentativa de reduzir a dependência do Brasil das importações de fertilizantes. O plano serve de referência para o planejamento do setor de fertilizantes para os próximos 28 anos (até 2050), com foco nos principais elos da cadeia: indústria tradicional, produtores rurais, cadeias emergentes, novas tecnologias, uso de insumos minerais, inovação e sustentabilidade ambiental.

Atualmente, o Brasil ocupa a 4ª posição mundial, com cerca de 8% do consumo global de fertilizantes. O potássio é o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais (38%), seguido pelo fósforo (33%) e pelo nitrogênio (29%).

A elaboração do plano começou no ano passado. Com a sua instituição, foi criado o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas, órgão consultivo e deliberativo que coordena e acompanha a implementação do Plano Nacional de Fertilizantes.

Apesar de ser um grande produtor agrícola, o país ainda depende da importação de mais de 85% desses insumos, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Por isso, acaba vulnerável às oscilações no mercado internacional.

O PNF buscará readequar o equilíbrio entre a produção nacional e a importação ao atender sua crescente demanda por produtos e tecnologias de fertilizantes. Pretende-se diminuir a dependência de importações, em 2050, de 85% para 45%, mesmo que dobre a demanda por fertilizantes.

A ministra Tereza Cristina explicou que não se trata de o país alcançar a autossuficiência, mas sim de se ter autonomia, com um percentual reduzido de dependência externa para o fornecimento dos fertilizantes ao produtor. Segundo ela, é preciso reforçar a “diplomacia dos fertilizantes”, expandindo as relações de compra desses nutrientes em escala global.

“Não estamos buscando a autossuficiência, mas sim, a capacidade de superar desafios e manter nossa maior riqueza, o agronegócio, pujante e competitivo, que faz a segurança alimentar do brasil e do mundo. Nossa demanda por nutrientes para as plantas é proporcional à grandeza de nossa agricultura. Mas teremos nossa dependência externa bastante reduzida”, disse, reforçando que o Plano não é apenas para reagir a uma crise, mas para tratar de um problema estrutural, de longo prazo.

No próximo dia 12, a ministra viaja ao Canadá para tratar do tema, após ter visitado o Irã recentemente, e a Rússia, no ano passado.

Participaram da cerimônia de lançamento, no Palácio do Planalto, o presidente, Jair Bolsonaro; a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e o Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha.

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O PNF buscará readequar o equilíbrio entre a produção nacional e a importação ao atender sua crescente demanda por produtos e tecnologias de fertilizantes. #OMaranhaoSeInformaAqui

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