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Cultivo de algodão cresce e Santa Filomena se destaca por alta produtividade no Piauí

Um fator determinante para a evolução da cultura do algodão no sudoeste piauiense foram os sucessivos aumentos na produtividade por área, onde encontram bons fatores edafoclimáticos (clima, relevo, litologia, temperatura, umidade do ar, radiação, tipo de solo, vento, composição atmosférica e precipitação).

A Fazenda Nova, município de Santa Filomena, registra números acima de 4.000 kg/ha, equivalente a aproximadamente 1.600 quilos de pluma por hectare, mais do que o dobro em comparação com a produtividade no sul que registra no estado do Paraná, média de 2.388 kg/ha e no Sudeste, de 2.448 kg/ha de algodão em caroço.

O plantio de algodão no cerrado piauiense teve início na Safra 2007/2008, na Serra das Guaribas, em Santa Filomena. Como alternativa para rotação com a soja, o mineiro Fábio Pereira Júnior vislumbrou no algodão uma oportunidade de negócio economicamente rentável. O pioneirismo e o sucesso da cultura do algodoeiro está sendo impulsionado exatamente pelas condições de clima favorável, terras planas, que permitem mecanização total da lavoura e, sobretudo, pelo uso intensivo de tecnologias modernas.

Somente com a cultura do algodão herbáceo serão colhidos 3.605 hectares, em duas fazendas (uma delas pioneira no cultivo do algodão nos cerrados do Piauí, ambas na Serra das Guaribas e entrecortadas pela BR-235.

Assim, o município de Santa Filomena deverá contribuir com 18,48% de todo o algodão colhido no Piauí em 2019, estimado em 78.975 toneladas ou 5.265.000 arrobas de algodão em caroço, numa área de 19.500 hectares. A produtividade média esperada é de 270 arrobas/hectare (4.050 kg/ha).

Paralelamente à colheita, que deverá ocorrer em julho, acontecerá o processo de beneficiamento e embalagem, fase que antecede a sua industrialização. Toda a produção da Serra das Guaribas será beneficiada na Algodoeira Santa Filomena, instalada na própria área de plantio (Fazenda Nova Fronteira).

Alto custo de produção  O algodão (família Malvácea) é uma das culturas sujeitas a grande número de pragas, que causam danos significativos, exigindo utilização de tecnologia avançada e manejo apropriado. São cerca de 30 doenças, 35 insetos e ácaros e mais de 50 tipos de ervas daninhas.

O manejo químico das pragas do algodoeiro custa, hoje, acima de R$ 2.000,00 por hectare, envolvendo aplicação (trator, avião e/ou jato dirigido) e produtos fitossanitários (acaricidas, fungicidas, herbicidas, inseticidas).

É quase, ou totalmente, impossível produzir algodão sem utilização intensa do controle químico (agrotóxicos). Tais cuidados podem representar 46,64% do gasto total de produção. Normalmente são efetuadas 17 aplicações aéreas, desde a abertura dos primeiros botões florais até a completa maturação. A cada sete dias são realizadas pulverizações preventivas, visando controlar a ferrugem e eventuais doenças de final de ciclo.

Mas apesar do alto custo de produção, tudo indica os produtores terão bom lucro, mesmo porque a cotação do produto em caroço e em pluma está bastante atrativa. Além disso, a produção primária deverá ser de ótima qualidade, aceitável pela indústria, em nível nacional e internacional. Portanto, as lavouras brancas (ou o ouro branco do Cerrado) poderão crescer em Santa Filomena e no sudoeste do Piauí,

O Maranhão se informa aqui

Semana do meio ambiente em Balsas discutirá queimadas e desmatamentoPlantação de algodão na Serra das Guaribas, município de Santa Filomena – PI – foto reprodução

Fonte: Blog do José Bonifácio:

Os fatores edafoclimáticos da região influenciam a produtividade do município que já responde por quase 20% as safra de algodão do Piauí  #OMaranhaoSeInformaAqui.

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