Com uma forte expressividade, o Maranhão se destaca na agricultura, do pequeno ao grande agricultor, com a produção de soja, milho, mandioca, cana de açucar, entre outros, tornando o estado grande consumidor de defensivos agrícolas.
Em 2023, o estado destinou mais de 945 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos de forma ambientalmente correta. As embalagens são coletadas pelo do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade responsável pela destinação ambientalmente correta das embalagens de defensivos, e levadas para a reciclagem.
Em operação desde 2002, o Instituto faz a destinação correta das embalagens de agrotóxicos vazias ou com sobra pós-consumo, por meio do Sistema Campo Limpo, que é o programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas.
O Sistema Campo Limpo promove a destinação ambientalmente correta de 100% das embalagens recebidas em todo o país, sendo 97% recicladas e 3% incineradas.
“Uma das principais conquistas do Sistema Campo Limpo é o seu impressionante índice de reciclagem, que alcança quase 100% das embalagens vazias recebidas. Isso é resultado do engajamento dos elos da cadeia produtiva (agricultores, indústrias fabricantes e registrantes, canais de distribuição e poder público), de sua capilaridade, eficiência e inovação nos processos. Ao longo de mais de 20 anos, foram investidos R$ 2 bilhões nesse programa que é uma referência mundial”, destaca Marcelo Okamura, presidente do InpEVv
Dados do InpEV apontam que, em 2023, foram recebidas mais de 945 toneladas (945.895 mil quilos) de embalagens vazias de agrotóxicos no Maranhão para serem recicladas. E, só no primeiro trimestre de 2024, o estado já contabilizava 397 toneladas e 133 quilos de embalagens coletadas nos postos de devolução ou através dos postos de recebimento itinerante.
Atualmente, o estado conta com cinco unidades do inpEV para coleta de embalagens, sendo três centrais de recebimento (Alto Parnaíba, Balsas e Imperatriz) e dois postos (Anapurus e São Domingos do Maranhão).
Segundo a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged-MA), que é responsável por fiscalizar a utilização dos defensivos e destinação correta das embalagens de agrotóxicos no estado, de acordo com a localização da propriedade, algumas embalagens usadas no Maranhão também são devolvidas no estado do Piauí, nas centrais do InpEV em Uruçui e Teresina.
No entanto, o órgão destaca que ainda há registros de destinação inadequada desse tipo de embalagens no estado, e, para fazer cumprir a lei, a Agência investe na educação sanitária dos agricultores. Quando os fiscais da Aged vão a campo, todo um trabalho de orientação é realizado junto aos produtores.
José Carlos Oliveira de Paula, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Maranhão (Aprosoja/MA) e trabalha no agro há mais de 35 anos, destaca que faz constante uso de defensivos agrícolas, como herbicidas, fungicidas e inseticidas foliares e biológicos, para manter sua lavoura livre de fungos e insetos. Ele conta que, após o uso dos agrotóxicos, ele faz a tríplice lavagem, o armazenamento e depois a entrega dos recipientes no posto indicado pela Associação dos Revendedores de Insumos Agrícolas de Balsas (ARIAB), a qual coleta as embalagens e as envia para o inpEV.
“A destinação adequada dessas embalagens é importantíssima, pois assegura a devolução em órgão especializado na reciclagem, fazendo e reutilizando as embalagens no modo reverso, em vários aspectos. Isso volta em segurança (ambiental) para todos, fazendo o melhor para sociedade e meio ambiente”, destaca o presidente da Aprosoja.
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Atualmente, o estado conta com três centrais de recebimento de embalagens: em Alto Parnaíba, Balsas e Imperatriz e dois postos em Anapurus e São Domingos do Maranhão. #OMaranhaoSeInformaAqui
Com informações do G1/MA