Diário Sul Maranhense

Educação e transformação: mulheres trocam experiências no projeto Enactus

Mulheres envolvidas no Projeto Enactus na zona rural de Imperatriz (Foto/Reprodução)

Klenne Lys viajou uma vez a São Paulo e duas vezes a Brasília, mas não foi a turismo. A estudante de Engenharia Química da Facimp Wyden é líder no projeto Enactus, uma organização internacional que nasceu nos Estados Unidos e hoje existe em 33 países, com a missão de fomentar ações empreendedoras a partir de iniciativas de jovens universitários.

Nas viagens, Klenne apresentou, juntamente com os demais estudantes que integram o projeto, a experiência desenvolvida na comunidade extrativista do povoado Km 1700, na zona rural de Imperatriz (MA). A principal fonte de renda das famílias é a extração e o beneficiamento do açaí, palmeira natural da região. O time promove ações sobre gestão, empreendedorismo, comunicação e outras estratégias que ajudam as mulheres da comunidade a se desenvolverem e, assim, conseguirem buscar uma melhor qualidade de vida por meio da extração, beneficiamento e venda dos produtos do açaí.

Por meio do projeto, os alunos e alunas seguem ajudando a comunidade a explorar o açaí de novas formas sustentáveis, como a fabricação de tijolos com caroços de açaí; a produção de uma bebida similar ao café; e o cultivo de mudas no viveiro construído pelo time Enactus.

DESENVOLVIMENTO CONJUNTO

Em Imperatriz, o Enactus nasceu em 2018, na Facimp Wyden. Hoje o time do projeto é composto por cerca de 20 alunos, sendo 11 mulheres. Na comunidade, quase 100% dos participantes são mulheres.

A professora Rayanna Luz, coordenadora do projeto, destaca o empoderamento feminino promovido pela iniciativa. “Ao longo dos anos, observei como o desenvolvimento da comunidade acompanhou o desenvolvimento do time. Tínhamos alunas que não falavam em público, não sabiam se comunicar e com os projetos hoje se tornaram grandes lideranças. Além da comunicação, o projeto desenvolveu a capacidade de gestão, de firmar e gerenciar parcerias, o que se tornou um grande diferencial, especialmente para as alunas que participam da rede”, destaca.

Esses avanços também são sentidos entre as estudantes que integram o projeto. “Como estudante, atuar no time Enactus Facimp me proporciona várias experiências. Podemos trocar conhecimento com outros estudantes dentro e fora do Brasil, assim como desenvolver projetos com foco nas comunidades tradicionais da nossa região, levando oportunidades, novas fontes de renda e valorização da sua cultura”, afirma Kaenne sobre a experiência. “Como mulher, estou aprendendo muito sobre a importância do empoderamento e a força que possuímos de por nós mesas e nossas famílias”, ressalta a estudante.

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O projeto desenvolvido na comunidade extrativista na zona rural de Imperatriz (MA). A principal fonte de renda das famílias é a extração e o beneficiamento do açaí, palmeira natural da região. #OMaranhaoSeInformaAqui

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