Promover a autonomia financeira de mulheres que desenvolvem atividades agrícolas em áreas rurais, urbanas e periurbanas. Esse é objetivo do programa de Assistência Técnica e Extensão Rural “Mulheres Rurais: Autonomia, Alimentação e Vidas Saudáveis” (Ater Mulheres), iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que vai beneficiar 12,5 mil agricultoras de todo o país. No Maranhão, a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp) iniciou, nesta segunda-feira (25), o processo de capacitação das extensionistas rurais que irão atender às agricultoras maranhenses.
“O Governo do Maranhão vem promovendo essas capacitações junto com o Governo Federal, no sentido de, por meio dessas capacitações, promover o empoderamento da mulher, a sua individualização e, acima de tudo, a sua entrada no mercado”, explica o presidente da Agerp, Sandro Montenegro.
Ao todo, serão 30 cursos para qualificar mais de 300 extensionistas em todo o Maranhão. De acordo com o edital de chamamento público divulgado pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), sete cidades maranhenses foram classificadas como regiões geográficas imediatas pelo programa: Caxias, Timon, Codó, Presidente Dutra, São João dos Patos e Colinas.
Políticas Públicas
Além da produção de alimentos saudáveis e de outros projetos econômicos oriundos da vocação local, o Ater Mulheres vai valorizar sua cidadania e abrir o acesso às políticas públicas do Governo Federal.
Extensionista e assistente social da regional de Presidente Dutra, Jéssica Danielle participou da capacitação promovida no auditório da Agerp, em São Luís, e aprovou a iniciativa. Para a extensionista, essa é uma oportunidade para que essas mulheres “sejam vistas” e tenham acesso a direitos.
“Essa junção da Anater e Agerp é muito importante para essa chamada pública do Ater Mulheres, para que elas possam se colocar, colocar seus posicionamentos, suas angústias, seus anseios e que a gente, de alguma forma, como extensionistas, possa levar as políticas públicas o mais próximo delas”, avalia Jéssica.
Sororidade
A coordenadora do programa Ater Mulheres no Maranhão, Viviane Anchieta, explica que a capacitação vai qualificar o corpo técnico da Agência, que vai atuar em todos os municípios selecionados no Ater Mulheres, com equipes formadas prioritariamente por mulheres.
“Foi uma exigência da Anater, dentro do edital de chamamento público, que mais de 50% do corpo técnico fosse mulher, justamente pela sensibilidade, pelas histórias em comum, pela vivência em comum com as mulheres do campo. Todas somos mães, todas somos filhas, todas somos profissionais. O objetivo é promover esse despertar: da mulher como protagonista da sua própria história”, detalha Viviane Anchieta.
Para a assistente social da Agerp, Lanessa Marinho, o Ater Mulheres é uma forma de levar informação clara e objetiva, com um “olhar de sororidade” – sentimento de irmandade entre mulheres -, para estimular a autonomia financeira das agricultoras.
“Muitas mulheres vivem em situação de vulnerabilidade social. Muitas não têm formação, outras vivem em situação isolada. É importante a gente dar essa formação, sensibilizar, fazer com que a gente leve essa informação mais acessível, clara, objetiva, com um olhar de sororidade para essas mulheres, esse é o nosso foco. Leva autonomia, segurança alimentar e propôr que essas mulheres possam estar trabalhando e gerando renda”, concluiu Lanessa.
Com um investimento de R$ 50 milhões, a chamada do Ater Mulheres vai atender agricultoras durante dois anos em todos os estados e no Distrito Federal. A meta é promover a autonomia financeira de agricultoras familiares, assentadas da reforma agrária e acampadas, extrativistas, quilombolas, pescadoras artesanais, aquicultoras, ribeirinhas, indígenas, além de mulheres de outras comunidades tradicionais.
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O Programa Ater Mulheres atua na promoção de autonomia financeira de mulheres que desenvolvem atividades agrícolas em áreas rurais, urbanas e periurbanas. #OMaranhaoSeInformaAqui