Dor de cabeça, vontade de vomitar, latejamento, sensibilidade à luz e aos sons, além de irritabilidade, estão entre os sintomas da enxaqueca, doença que afeta um bilhão de pessoas no mundo e 30 milhões de brasileiros. Isso representa cerca de 15% da população do país, a maioria na faixa etária de 25 aos 45 anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já o estudo publicado pela revista Global Health Metric, coloca a enfermidade como a quinta mais incapacitante.
A endocrinologista do Grupo Havida Notredame Intermédica, Aparecida Quintanilha, explica que, para algumas pessoas, alguns tipos de alimentos, como derivados do leite, chocolate, frutas cítricas, açúcar, alimentos gelados ou gordurosos podem causar crises de enxaqueca. Outros gatilhos de crise são estresse e variações hormonais.
“A enxaqueca é uma doença multifatorial. Por isso, além das condições genéticas, existem outros fundamentos que podem desencadear uma crise. Os transtornos de humor, como depressão ou ansiedade, também podem frequentemente estar associados a um incidente de enxaqueca”, afirma.
O que fazer para aliviar as dores?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), existem dois grandes tipos de abordagens para lidar com a enxaqueca: a “com medicamentos” e “sem medicação”.
Entre os métodos não-medicamentosos, existem as abordagens comportamentais, que podem ser ensinadas por psicólogos e auxiliam, principalmente, crianças e gestantes. Por exemplo, toda vez que você sofre um estresse, ocorrem mudanças físicas no organismo: o coração pulsa mais forte, a respiração se torna ofegante e as mãos ficam mais frias. Ao observar o que acontece com o corpo, é possível encontrar formas de evitar ou, pelo menos, reduzir o impacto dos sintomas. Assim, a dor de cabeça também reduz sua intensidade.
A alimentação também é uma grande amiga no alívio das dores. “Ficar sem comer é um grande erro de quem sofre com a doença. Por isso, deve-se estabelecer uma rotina alimentar de três em três horas e sempre carregar frutas ou lanchinhos na mochila, além de consumir bastante água ao longo do dia. Assim, você blinda o seu corpo das causas e, consequentemente, das crises de dores de cabeça”, aconselha a médica Aparecida Quintanilha. Outro fator importante na prevenção é a prática regular de exercício físico. É provado cientificamente que a atividade física de cerca de 40 minutos, realizada três vezes por semana, atua na diminuição da enfermidade.
Também é preciso verificar os hábitos antes de dormir, já que sono ruim e crise de enxaqueca andam de mãos dadas. Para isso, é recomendado evitar comidas pesadas e gordurosas, além de bebidas estimulantes, como as que contém cafeína e os energéticos, principalmente no período do final da tarde e noite. Outro elemento fundamental, é diminuir comportamentos como o uso de telas, celulares, assistir televisão, filmes e séries, até mesmo um jogo de futebol, que promove certo tipo de agitação e que dificulta retornar ao estágio de relaxamento.
Evite a automedicação
Quanto às abordagens medicamentosas, estas podem ser realizadas, desde que sejam feitas com acompanhamento médico. Uma das grandes preocupações da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC) é a automedicação, tendo em vista os efeitos colaterais e a longo prazo. Para a médica Aparecida Quintanilha, ao invés de se automedicar ou diagnosticar, o paciente deve buscar ajuda médica. “O acompanhamento médico especializado é indispensável para identificar e tratar a doença de forma segura e correta”, finaliza.
O Maranhão se informa aqui – Diretor recebe medalha do Mérito Judiciário por sua contribuição através da Unibalsas
Estudo publicado pela revista Global Health Metric coloca a enfermidade como a quinta mais incapacitante. A doença que afeta um bilhão de pessoas no mundo e 30 milhões de brasileiros. #OMaranhaoSeInformaAqui