Por muitos anos se difundiu a ideia de que a computação em nuvem seria o futuro, que todo mundo de alguma forma estaria lá e não migrar seria uma perda. O que pouco se fala é dos casos que deram errado, porque sim, de alguma forma, houve casos que deram errado!
A computação em nuvem é, de acordo com a definição do NIST – National Institute of Standards and Technology, um modelo para habilitar o acesso por rede ubíqua, conveniente e sob demanda a um pool de recursos de computação que possam ser rapidamente provisionados e liberados com o mínimo de esforço de gerenciamento ou interação com o provedor de serviços.
No Brasil, existem vários provedores de serviços em nuvem, tais como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, Brascloud Cloud Services, entre outros. Os dois primeiros são provedores de serviços em nuvem genuinamente americanos, que oferecem diversos serviços nas várias camadas de ofertas. Este último provedor, Brascloud, tem o diferencial entre os demais por ser totalmente brasileiro, ser alternativa na chamada Infraestrutura como Serviço (IaaS) e atualmente com várias zonas de disponibilidade, inclusive futuramente em Fortaleza (CE).
De acordo com essas definições e com os exemplos de empresas que fornecem serviços em nuvem, podemos até associar (com um certo cuidado) a um restaurante self-service. Nesse modelo de restaurante, o cliente pega seu prato e vai passando na bancada de alimentos prontos e com isso o cliente escolhe de acordo com seu gosto e, ao final, ele pagará de acordo com o preço estabelecido por kg de alimento.
Partindo desse paralelo entre computação em nuvem com restaurantes self-service, pode-se perceber que o provedor de serviços está para o restaurante self-service, assim como o pool de recursos de computação está para os alimentos expostos na bancada.
A falta dessa clareza da definição de cloud computing e também dos tipos de ofertas de serviços em nuvem, por parte de muitos profissionais de tecnologia e por bastante gestores, permite que o usuário suponha que o provedor de nuvem terá responsabilidade de tudo o que acontecer com o pool de recursos contratados, uma suposição errada. Isto é, as expectativas que o usuário tem sobre o serviço de computação em nuvem pode ser comparada com o cliente que aguarda ansiosamente para ser atendido na mesa do restaurante self-service onde não tem garçons.
O sucesso de uma empresa na cloud depende de ambas as partes, tanto do provedor de nuvem em garantir a disponibilidade do pool de recursos ofertados, assim como da empresa em buscar entender suas responsabilidades dentro da nuvem e aperfeiçoar os conhecimentos técnicos do time envolvido na operação. E você que chegou até aqui, na sua opinião, o que define o sucesso de uma empresa na nuvem?
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Por Leonardo Miranda
CompTIA Cloud Essentials Certified
Bacharelado em Sistemas de Informação – Unibalsas