Das 2,251 milhões de toneladas de cana-de-açúcar a serem moídas no Maranhão no próximo ano, 92,1% serão destinadas à produção de etanol (anidro e hidratado), o que corresponde a 163,1 milhões de litros, enquanto 7,9% vão para fabricação de açúcar, ou seja, uma produção de 23,3 mil toneladas.
Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que no seu terceiro levantamento sobre a safra 2019/20, divulgado semana passada, projeta uma produção nacional de 642,7 milhões de toneladas de cana, com cerca de 65% destinados para etanol e 35% para açúcar.
De acordo com a estimativa da Conab, a próxima colheita no Maranhão será 14,6% maior que a deste ano, que foi de 1,964 milhão de toneladas. Esta variação deve-se, principalmente, ao aumento da produtividade, que de 55,9 mil aumentou para 66,1 mil quilos por hectare, já que a área plantada diminuiu de 35,3 mil para 34,0 mil hectares.
A produção de álcool será 10,3% maior que a deste ano, que foi de 147,9 milhões de litros, o que, em números absolutos, corresponde a 15,2 milhões de litros a mais. Dos 163,1 milhões de litros resultante da próxima colheita, 137,3 milhões serão de álcool anidro e 25,8 milhões de hidratado. O etanol hidratado é o vendido na bomba dos postos, enquanto o anidro é o misturado à gasolina, isto é, ambos são utilizados como combustíveis.
Já a produção de açúcar subirá de 21,8 mil para 23,3 mil toneladas, uma variação de 7,2%, ou seja, 1,6 mil toneladas a mais.
Desempenho – O crescimento na produção nacional foi 3,6% em relação à safra anterior. A área plantada diminuiu 1,35%, alcançando 8,48 milhões de hectares. O fato de a redução de área permitir o aumento da safra se deve à boa produtividade dos canaviais que marca atualmente 75,7 toneladas/hectare e aumento de 4,9%. Em algumas regiões, os cultivadores estão mudando as áreas de produção para as de renovação, em busca de maior produtividade.
A produção total de etanol, proveniente da cana-de-açúcar e do milho, é de 35,5 bilhões de litros, com um acréscimo de 7,2%, comparado à safra 2018/19. Só da extração da cana são 33,8 bilhões de litros e crescimento de 4,6%. Desse total, a maior parte vai para o etanol hidratado, gerando 23,6 bilhões de litros, enquanto que o anidro fica com 10,2 bilhões.
Por sua vez, o etanol do milho está despertando o interesse dos produtores e a Conab vem observando essa relevância na destinação do produto para combustível desde maio, quando começou a incluir o cereal em suas pesquisas. A estimativa é de uma produção de 1,69 bilhão de litros, com elevação de 114% frente a última safra. O biocombustível na forma hidratada sinaliza a produção 1,2 bilhões de litros, com crescimento de 120%, ao passo que o anidro chega a 463 milhões e aumento de 2,6% a mais que no estudo anterior.
Por outro lado, os 35% da moagem destinados ao açúcar vão permitir que se produza 30,1 milhões de toneladas do subproduto, com um crescimento de 3,8%.
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Fonte: Maranhão Hoje