É uma cena mais do que comum no dia-a-dia: por onde olhamos, há pessoas mexendo no celular. A atividade é tão recorrente que alguns países, inclusive o Brasil, já criaram campanhas para evitar acidentes ocasionados pelo descuido de pessoas que vivem nos smartphones e até sinalização em calçadas para que os usuários distraídos não esbarrem uns nos outros.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acesso à internet pelo celular ultrapassa, desde 2016, o acesso via computadores. E são muitos usuários; ainda segundo o IBGE, o Brasil possui 126,4 milhões de usuários conectados à internet, o que representa aproximadamente 70% da população com 10 anos de idade ou mais.
Um levantamento feita pelo Panorama Mobile Time/Opinion Box mostrou também que, entre os aplicativos mais usados pelos brasileiros, está o app de bate-papo WhatsApp, encontrado em mais de 30% dos celulares junto com as redes sociais Facebook e Instagram.
A geração de smartphones cada vez mais inteligentes e com tecnologia de ponta, vale ressaltar, nos ajuda muito também, e já é uma grande aliada de nossas tarefas cotidianas. Mas será que no trabalho o uso excessivo desses aplicativos, principalmente WhatsApp – que é uma febre no Brasil – não pega mal para o empregado?
De acordo com o especialista em Direito Trabalhista Igor Lima, o uso excessivo do celular no trabalho deve ser, sim, uma preocupação. Segundo ele é direito da empresa proibir, advertir, suspender e até dispensar o funcionário em algumas situações extremas.
“É importante ressaltar que caso o empregado não concorde com a pena, a fim de reverter a justa causa aplicada, o trabalhador poderá ingressar com uma reclamação trabalhista na Justiça do Trabalho, que analisará se a penalidade aplicada pelo empregador foi proporcional ao ato praticado pelo empregado ou não”, explica.
Aliada do trabalho
Igor Lima acrescenta que aplicativos de bate-papo como o WhatsApp podem ser uma boa ferramenta de trabalho, já que permite conversar com colega ou fazer algum pedido necessário ou resolver alguma questão relacionada ao ofício.
“Desde que autorizado expressamente pela empresa”, reforça o especialista, que diz não serem raras as penalidades aplicadas por conversas ou pelo uso impróprio dessa ferramenta.
“O ideal é que os patrões e trabalhadores tenham bom senso na utilização das ferramentas tecnológicas”, conclui.
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Fonte: Portal da Band