Docentes, técnicos e discentes da Universidade Federal do Maranhão – UFMA realizaram nesta quarta-feira (07) o dia de mobilização “Mobiliza Campus Balsas”. Com objetivo de uma solução para a conclusão das obras de construção do Campus Universitário. A programação teve um dia cheio e produtivo, com boa participação da comunidade universitária, com uma carreata ao campus onde foi dado um abraço simbólico no campus. A tarde houve uma concentração e uma manifestação na Avenida Litorânea em passeata e com pedágio.
A noite foi realizada uma assembleia com as participações de representantes do Ministério Público Federal (MPF), do prefeito de Balsas, Dr. Erik Augusto, da Imprensa, empresários e comunidade universitária. A mobilização contou com o apoio da Guarda Municipal e da PM.
A construção do campus que já consumiu o valor de R$ 11.469.107,47 teve como prazo oficial para entrega o mês de outubro de 2015, e até o momento não concluiu a obra de um dos prédios. Os coordenadores do movimento apresentaram relatórios do período e acompanhamento das obras realizado pelo grupo, onde forma detectados Irregularidades e superfaturamento no valor das obras, a baixa qualidade das obras e outras.
O professor Edson Nunes, apresentou um relatório com os últimos dados apresentados pela universidade com destaque para o valor gasto incompatível com a estrutura que existe atualmente no local. “Apesar de todo o gasto não temos nenhum prédio concluído existem apenas promessas que no final deste ano dois prédios estarão concluídos e que até o mês de fevereiro de 2019 será entregue o 3° prédio. Mas são só promessas; não temos nada de concreto para acreditar nisso. E o que é mais preocupante é a péssima qualidade das obras feitas. Existem prédios com rachaduras; estrutura do telhado de má qualidade, inclusive tendo caído parte do telhado de um prédio em função de uma chuva. Sendo que uma comissão de professores havia relatado sobre a má qualidade da obra, mesmo assim continuaram e resultou que a estrutura do prédio caiu”. Outro destaque foi a presença de poucos operários na obra: “Em todas as visitas feitas as obras foram constatadas a quantidade de trabalhadores insuficiente para uma obra daquele porte. Isso é mais uma questão que limita e dificulta a credibilidade de que a obra será concluída no devido tempo”, finalizou Nunes.
O prefeito de Balsas, Dr. Erik Augusto apresentou duas propostas para o movimento. A primeira seria acionar o MPF que é o órgão competente para cobrar das autoridades federais uma solução para o campus e responsabilizar as pessoas por maus feitos. O segundo caminho é pedir ajuda da bancada federal do Maranhão para chegar ao Ministro da Educação para resolver o problema.
“Sugiro a criação de uma comissão para ir a Brasília e junto com os deputados federais que tiveram votos em Balsas, conseguir uma audiência no Ministério da Educação e apresentarmos esse relatório. Mostrar que Balsas é uma cidade importante para o Maranhão e para o Brasil e que não merece ficar com sua Universidade Federal se arrastando por longos anos sem conclusão. Não adianta ficar apenas na manifestação e mobilização de hoje ficar apenas aqui, não conseguiremos êxito é necessário chegar até as autoridades. Isso a gente pode ajudar”, finalizou o prefeito.
A coordenadora Gisélia Brito, fez uma avaliação do desfecho do dia de mobilização. “Formamos uma comissão para ir a uma audiência no Ministério da Educação com apoio do prefeito que buscará apoio dos parlamentares do Maranhão. Pré-marcamos uma audiência com o MPF para a no período do dia 23 a 25 de novembro. Eles solicitaram os relatórios que foram expostas em toda a mobilização. E definimos sobre abertura de um canal de comunicação através da imprensa e que servirá como prestação de contas com a sociedade e de nossas ações e deixamos marcada a próxima assembleia que acontecerá dia 13 de novembro. Estamos satisfeitos com a repercussão, participação e pelo empenho de todos. Hoje nós nos empoderamos, nos apropriamos e tomamos posse dessa causa que é a construção do campus da UFMA que é de todos nós, comunidade acadêmica e sociedade balsense”.
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