Na tarde de sábado, 18 de agosto, os bancários do Maranhão se reuniram em assembleia, na sede do SEEB-MA, na Rua do Sol, Centro de São Luís, para avaliar a proposta dos bancos e deliberar sobre a deflagração da greve, caso os banqueiros insistam em retirar direitos e negar novas conquistas para a categoria.
Foram colocadas em debate as reivindicações da categoria e as propostas da FENABAN. Segundo Igor Maciel, dirigente sindical da Regional de Balsas, que participou da assembleia, a categoria solicita a contratação de mais bancários para os bancos do Maranhão, a diminuição das taxas de juros aos clientes, a continuidade do plano de saúde dos bancos, como é hoje, os diversos direitos trabalhistas, como: incorporação de função após 10 anos, estabilidade de empregados públicos, plano de previdência complementar de forma obrigatória; mas já se sabe que essas propostas não serão aceitas pelos bancos.
“Dia 21 a Fenaban apresentará a proposta final, assim como os bancos individualmente. Mas já sabemos que ela define que não haverá mais obrigatoriedade de concursos públicos para os bancos públicos. Haverá tentativa de contratação por via terceirizada e com salários menores. Decidimos que a Greve dos Bancários no Maranhão iniciará dia 23 de Agosto, quinta-feira as 00:00Hs. O material para colocar nas agências avisando da greve foi distribuído. E dia 22 haverá assembleia para organizar os piquetes e manifestações. Precisamos informar a população que o governo federal pretende privatizar os bancos públicos, para isto os está sucateando. As taxas dos bancos públicos estão iguais ou maiores que dos privados. Tudo isto para aumentar a taxa de juros média do mercado”, destacou o líder sindical Igor Maciel.
A campanha salarial de 2018 dos bancários tem data-base para 1º de setembro. A categoria entregou a pauta com as reivindicações no dia 13 de junho.
Os maiores bancos do país fecharam o segundo trimestre com R$ 17,6 bilhões contra R$ 15,2 bilhões, em 2017, crescimento de 15,57% em relação a igual período no ano passado. O levantamento é apenas entre instituições com ações na bolsa – não foi levado em conta o lucro da Caixa Econômica Federal. Ao mesmo tempo, o setor reduziu significativamente sua força de trabalho. Desde 2016, mais de 40 mil empregos bancários foram extintos.